Após polêmicas, Gucci cria programa global de diversidade e inclusão
O projeto Gucci Changemakers inclui fundo de apoio a projetos sociais, bolsas de estudo e voluntariado
atualizado
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Depois de se envolver em uma acusação de blackface há algumas semanas, a Gucci está disposta a trabalhar a diversidade. Nessa segunda-feira (18/3), a grife italiana anunciou o Gucci Changemakers, um programa global em prol da inclusão de jovens talentos na indústria da moda.
A América do Norte será a primeira região a receber a novidade e terá iniciativas voltadas para a comunidade negra.
Em fevereiro, a marca anunciou algumas medidas a serem tomadas a longo prazo, como a contratação de um diretor global de diversidade. A nova proposta reafirma esse compromisso e inclui um fundo para apoio de projetos sociais, um programa de bolsas e um voluntariado ao redor do globo.
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A ideia do Changemakers Fund, fundo de US$ 5 milhões, é investir em programas que abram oportunidades para a comunidade afro-americana da América do Norte. Para isso, a label criou o Changemakers Council, que inclui líderes e especialistas em causas sociais.
O grupo deve atuar em Los Angeles, Houston, Atlanta e Chicago em busca de parcerias com organizações sem fins lucrativos. O estilista Dapper Dan e o cantor Will.i.am estão entre as personalidades que formam o conselho na região.
“Como um parceiro, estou orgulhoso em trabalhar com a Gucci e outros líderes para ajudar a guiar programas que criarão um impacto significativo para a comunidade negra e a moda como um todo”, disse Dapper Dan sobre a iniciativa.
A grife quer que os jovens sejam a voz da próxima geração e, por isso, vai investir também em educação. O programa de bolsas, avaliado em US$ 1,5 milhão, vai distribuir pacotes de 20 mil para estudantes financiarem curso superior em moda, ao longo de quatro anos. O conselho ficará responsável por selecionar os alunos.
Já no programa de voluntariado, anunciado em 2018, a label vai liberar todos os 18 mil funcionários ao redor do mundo para até quatro dias de “folga remunerada” em suas comunidades locais. Ao todo, serão 8 mil dias de serviço só na América do Norte. Quatro pilares deverão orientar essa atuação: igualdade, apoio aos refugiados e sem-teto, proteção ambiental e educação.
Ainda em fevereiro, logo após a acusação de blackface, a marca anunciou ações de longo-prazo voltadas para a diversidade. Entre elas, parcerias com faculdades em 10 cidades ao redor do mundo para um projeto global multicultural relacionado a design, além de um programa de inclusão e diversidade para os funcionários.
Em junho, outro fundo, de US$ 5 milhões, deve ser aplicado na região Ásia-Pacífico (que inclui várias regiões da Ásia e a Oceania). Vale lembrar que a grife também tem uma iniciativa de igualdade de gênero. A campanha Chime for Change foi criada em 2013 pela então diretora criativa Frida Giannini em parceria com Beyoncé e Salma Hayek.
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Colaborou Hebert Madeira