Após polêmica com bolsas digitais falsas, Hermès entra no metaverso
No início deste ano, a marca francesa reprovou o projeto MetaBirkins, criado por Mason Rothschild. Em contrapartida, virou adepta de NFTs
atualizado
Compartilhar notícia
Uma das marcas mais luxuosas e exclusivas do mundo, a Hermès vai entrar no metaverso. O pedido de marca registrada ocorre meses depois de a label francesa entrar com uma ação contra o projeto NFT MetaBirkins por usar a famosa Birkin para vender colecionáveis digitais acusados de serem falsos.
Vem entender!
Para oficializar a chegada ao metaverso, a Hermès deu início a uma marca registrada, com o objetivo de estabelecer as bases na Web3.0. A grife vai expandir a atuação para tokens não fungíveis (NFTs), assim como a negociação de criptomoedas e mercados de bens virtuais, como roupas, acessórios e calçados.
O registro no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO, na sigla original) foi realizado em 26 de agosto. A ação foi revelada pelo advogado de trademark Michael Kondoudis, em um post no Twitter.
A Hermès também se cadastrou no metaverso para comércio em “ambientes on-line de realidade virtual, aumentada ou mista”. Isso significa que a label poderá participar e realizar desfiles digitais de moda.
A novidade surge logo depois de a marca francesa tentar impedir legalmente o artista Mason Rothschild, em janeiro, de deixar bolsas virtuais em circulação. Ele supostamente usava o nome Birkin da marca para ganhar dinheiro com vendas e revendas de coleção NFT Metabirkins.
Na ocasião, a Hermès alegou que a “marca MetaBirkins simplesmente rouba a famosa marca registrada da bolsa Birkin da Hermès, adicionando o prefixo genérico ‘meta’ à famosa marca registrada Birkin”. Dessa forma, por meio de uma espécie de plágio, criava-se a ilusão de que o projeto de NFT fazia parte da etiqueta de luxo.
O surgimento de NFTs e a ascensão do metaverso trouxeram uma oportunidade para as marcas globais inovarem com novas formas de se conectar com os clientes. Vale destacar que os produtos físicos da Hermès são cobiçados e completamente elitistas, inclusive com listas de espera para aquisição de bolsas clássicas como Birkin e Kelly. Provavelmente, no metaverso, a sofisticação e a exclusividade serão mantidas.
Colaborou Rebeca Ligabue