Apaixone-se pelas joias de Carla Amorim. Ela está com nova coleção
Escolhi as peças mais descoladas entre as criações da designer brasiliense. Ela tem uma história incrível. Vem comigo!
atualizado
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O final do ano está chegando e junto com ele a nova coleção de Carla Amorim. Estive no lançamento, na tarde de quarta-feira (8/11). O evento contou com a presença ilustre de duas personalidades da revista Vogue Brasil: Camila Garcia, redatora-chefe, e Barbara Migliori, diretora de moda da publicação.
Na loja do Lago Sul, em Brasília, as duas escolheram cinco tendências da temporada e deram dicas sobre a melhor forma de misturar e combinar moda com as joias de Carla Amorim. O resultado foi um sucesso. Fiquei apaixonada pelas peças como um todo.
Hoje, te apresento a coleção, mostro o que mais gostei e conto um pouco sobre Carla Amorim – a designer brasiliense de joias com sucesso internacional. Vem comigo!
Primeiramente, entrevistei Carla Amorim, que me contou sobre a sua trajetória e seus planos para a próxima coleção. Nascida em Brasília, ela trabalha como designer há mais de 25 anos. Na última década, virou a queridinha de vários brasileiros.
Ela gosta de fazer as coisas devagar e começou atendendo na casa dos seus pais. Com o tempo, passou a ter um espaço em um hotel da cidade e, quando estabeleceu uma clientela fixa, decidiu abrir a própria loja. A inspiração da designer vem geralmente da natureza, da arquitetura de Brasília com as linhas de Oscar Niemeyer e de sua religiosidade.
Coleção “Celebrar”
Ao final de todo ano, a designer lança a linha Black Label – uma coleção que reúne todas as suas influências. As peças são limitadas e, para o fim de ano de 2017, Carla optou por traduzir, em joias delicadas e coloridas, a mistura de emoções da data festiva.
“Desta vez, a coleção se chamará ‘Celebrar’. Pensei em fazê-la porque, durante o ano, temos que superar vários desafios. Mas, para mim, quanto maior a luta, maior a vitória. Mesmo com os problemas, temos muito a comemorar”, explicou a designer.
Na coleção, Carla investiu em tipos variados de pedra: turmalinas paraíba, esmeraldas, rubis e diamantes. A designer também trabalhou com quatro cores do ouro: branco, negro, rosa e amarelo. “Esperança”, “Amor”, “Euforia”, “Vitória”, “Sonhos”, “Deleite” e “Bem-querer” são os nomes das peças.
Veja a minha seleção de favoritos:
Ear Cuff Chama – Lindo e extremamente estiloso. A tendência de usar apenas um brinco fazendo parecer que são vários furos vem surgindo há algum tempo. Essa peça da Carla Amorim é, de longe, a mais incrível que já vi.
Gosto desse modelo porque ele vai do chique à pegada rock. Eu amei! É um must.
O brinco faz parte da coleção “Luz” e é todo produzido em ouro branco e brilhante.
Anel Esperança – Simplesmente um escândalo. Essa peça, da atual coleção “Celebrar”, é toda em ouro, esmeralda e brilhantes. Eu toparia usar tanto de dia quanto de noite. Optaria por combiná-la com um jeans para um look bem despojado, mas extremamente chique. À noite, é claro, a joia vai com tudo.
Brinco Jardin – Essa peça é leve, chique, versátil, tem uma pegada oriental e pode ser utilizada de maneiras diferentes.
A parte inferior do brinco se desconecta da pedra, permitindo que seja usada apenas com a esmeralda.
O brinco faz parte da coleção “Formas” e é feito em ouro e brilhantes negros.
Pulseira Espírito Santo – Sempre quis uma pulseira do Espírito Santo que fosse linda, discreta e, ao mesmo tempo, resistente. Já tive uma peça que o cordão era fino e arrebentava constantemente. Procurava um modelo para usar o dia inteiro e me deparei com este. Produzida em ouro e brilhantes negros, essa joia faz parte da coleção “Sagrado” e preencheu todas as minhas vontades.
Anel Aurora – Gosto de usar anéis no dedo indicador, pois acho charmoso e sempre faz um statement. Além do mais, me lembra muito a minha avó Marita Martins, que também era adepta do estilo. Essa peça, em particular, traz novamente a pegada “rock sofisticado”, com o design que parece uma teia de aranha. O anel de ouro e brilhantes negros faz parte da coleção “Luz”.
Anel Never Solitaire e anel Pietá – A esmeralda parece ser a pedra da vez. Aqui, ela aparece menor, permitindo o uso de vários anéis em um mesmo dedo. Sempre gostei dessa tendência. Acho delicado e bem cool. Ambas as peças fazem parte da coleção “Eternamente”.
Pulseiras Aurora – Ah! As Rivieras. Não tem nada mais chique do que uma Riviera, seja ela uma pulseira ou um colar. Uma dupla delas, então, nem se fala. Se eu pudesse, colocaria as duas no braço e não tirava mais. As peças fazem parte da coleção “Luz”.
Piercing – A melhor ideia dos últimos tempos foi o piercing “fake”.
Confesso que já furei a cartilagem da orelha mais de três vezes e o resultado sempre foi uma grande e doída infecção. Então, poder usar um brinco removível que traz aquele toque punk para todo e qualquer look é uma ótima solução. Arrasou, Carla!
Veja quem passou por lá:
https://youtu.be/2wvNMACPR5I
Conheça um pouco mais sobre a trajetória bem-sucedida da designer brasiliense Carla Amorim nesta entrevista exclusiva que a coluna traz para você:
Em uma entrevista, você disse que um de seus filhos ia trabalhar com joias. É isso mesmo?
Sim, o Felipe. Apesar de fazer Direito, ele gosta bastante da área. Sabe nomes, preço de tudo e fez até uns desenhos. Teve uma época em que queríamos apostar na carreira, mas ele ainda era muito novo. Felipe é sensível, ama música e tem vocação para a arte. Fiquei muito contente ao saber disso. Sendo mãe, estou sempre aberta para todas as possibilidades.
A nova coleção faz parte da tradicional linha Black Label? Me explica o que você utilizou na produção?
Faz. Usei turmalina paraíba, tanzanita, diamante – que aparece em algumas coleções –, mas geralmente prefiro mais o ouro em diferentes tonalidades: negro, rosa e amarelo. Dependendo da cor, mudo a pedra.
A coleção Autoral tem um brinco de espuminha que é a maior sensação. Vejo muitas pessoas na rua com ele. O que você acha da peça?
Ela faz sucesso porque é a minha marca registrada, a espuminha do mar. Há 25 anos, fiz a primeira peça com essa textura. Ela imita a espuma do mar que fica na areia após o retorno da onda. Já usei a técnica em outro trabalhos, mas as pessoas acharam esse brinco a minha cara.
Tenho até hoje exposto o primeiro anel que fiz com a espuma do mar. Só não tenho todo o meu acervo comigo porque não daria conta de guardar. Gosto de ser atemporal. Por causa disso, trato minha cliente como gostaria de ser tratada. E vem dando certo.
Me lembro de ter comprado um dos meus primeiros anéis no hotel onde você vendia suas peças. Foi lá que você começou?
Antes do hotel, trabalhava em casa. Era funcionária pública e fazia isso como hobby. Em uma oração, tive um discernimento. Às vezes, o caminho está na nossa frente e nós não enxergamos. Pedi demissão e fui me dedicar realmente a fazer joias.
Tenho uma família grande. No início, as pessoas conheciam as minhas peças através de um dos meus sete irmãos. Um comentava com as amigas, o outro falava das joias com outro colega. Lentamente, foram conhecendo. Tudo a passos calmos, mas caminhando.
Então, comecei a atender na casa dos meus pais e contratei uma funcionária. Com o tempo, mais vendedoras foram chegando e a casa foi ficando cheia. Quando me instalei no hotel, percebi que já tinha uma clientela fixa. Era hora de avançar e criar meu próprio espaço. Mas tudo foi devagarzinho e assim me senti segura.
Tem alguma novidade que você queira compartilhar com a gente?
Estou indo para São Paulo amanhã, as joias são feitas lá. Finalizo a próxima coleção “Sagrado”, que será lançada em março. Essa linha existe porque o meu trabalho é um tripé desde o começo. Primeiro vem a natureza, minha maior fonte de inspiração. Segundo, as linhas arquitetônicas de Oscar Niemeyer porque nasci aqui e, no meu dia a dia, vejo toda essa beleza. Por fim, tem a coleção “Sagrado”, lançada uma vez por ano, inspirada na minha religiosidade.
Veja mais sobre o evento e outras peças da coleção.