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Anna Wintour se torna diretora de conteúdo global do grupo Condé Nast

A famosa editora-chefe da Vogue norte-americana manterá a função na revista e ganhou novas responsabilidades dentro da companhia de mídia

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Marco Piraccini/Archivio Marco Piraccini/Mondadori Portfolio via Getty Images
Anna Wintour
1 de 1 Anna Wintour - Foto: Marco Piraccini/Archivio Marco Piraccini/Mondadori Portfolio via Getty Images

Considerada uma das pessoas mais influentes da moda no mundo, Anna Wintour está no cargo de editora-chefe da Vogue estadunidense desde 1988. Também passou a ocupar, com o passar dos anos, outras funções dentro da companhia de mídia Condé Nast. Agora, após uma “nova estratégia de conteúdo global” anunciada pela empresa, a editora terá duas novas funções: diretora editorial global da Vogue e diretora de conteúdo global da Condé Nast, empresa que reúne algumas das principais revistas no mercado, como Vogue, Glamour, GQ, Vanity Fair, The New Yorker e Pitchfork.

Vem comigo saber mais sobre as novas funções dessa lenda da moda!

@tonyawards/Giphy/Reprodução

Novas funções de Anna Wintour

Dentro da empresa, além de editora-chefe da Vogue, Anna Wintour ocupa, desde 2013, a função de diretora artística do grupo Condé Nast. Em agosto de 2019, foi promovida, também, a consultora de conteúdo global. Com as novas funções, que funcionam como uma espécie de elevação de cargo, ela dará a palavra final sobre as demais publicações do grupo, exceto pela revista The New Yorker.

Wintour continuará respondendo diretamente a Roger Lynch, CEO da empresa. Segundo ele, a nomeação da editora britânica representa “um momento crucial para a Condé Nast, pois sua capacidade de se manter à frente na conexão com novos públicos, enquanto cultiva e orienta alguns dos mais brilhantes talentos da indústria da atualidade, tornou-a um dos executivos mais ilustres da mídia”, como explicou em comunicado para a imprensa.

A promoção de Wintour faz parte de uma reestruturação maior que promete transformar as operações criativas da companhia. “A unificação global das equipes editoriais da marca permitirá que as marcas criem a melhor versão de cada história global ou parte do conteúdo e distribuí-lo de forma personalizada para cada edição local”, compartilhou o grupo Condé Nast no texto.

Na prática, isso significa que a empresa está atribuindo líderes globais para a maioria de suas marcas. Dentro de seus países, os demais diretores editoriais continuarão supervisionando suas publicações mas também terão responsabilidades com as marcas globais.

Anna Wintour
A companhia de mídia Condé Nast, dona de várias revistas importantes, como Vogue, Glamour, GQ, Vanity Fair, The New Yorker e Pitchfork, fez nomeações para uma “nova estratégia de conteúdo global”. Anna Wintour foi promovida a diretora de conteúdo global do grupo e diretora editorial global da Vogue

 

Lucy Boynton, Anna Wintour e Nicolas Ghesquière
A jornalista britânica é uma das personalidades mais poderosas da moda e supervisiona a Vogue estadunidense desde 1988. Com a nova estrutura, ela continuará mantendo essa função

 

Anna Wintour
Desde 2013, Wintour é diretor artística do grupo Condé Nast. Em agosto de 2019, ingressou na função de consultora de conteúdo global

 

Anna Wintour
Com as novas nomeações, a empresa está atribuindo líderes globais para a maioria de suas marcas

 

Promoções e reestruturação no grupo Condé Nast

Entre as novidades, o editor-chefe da Vogue britânica, Edward Enninful, tornou-se também diretor editorial para todas as Vogues da Europa, nos mercados em que a marca é operada e de propriedade do grupo Condé Nast. Isso inclui Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Espanha. Ao mesmo tempo, Simone Marchetti terá função equivalente para o caso da Vanity Fair no continente europeu – França, Itália e Espanha –, exceto pela edição do Reino Unido, que continua sob supervisão de Radhika Jones, assim como a dos EUA.

Outros cargos serão ocupados por profissionais como Amy Astley, que está assumindo a direção editorial global da revista AD, antiga Architectural Digest. Astley, inclusive, é bem próxima de Anna Wintour. Will Welch passa a cuidar da direção editorial global da GQ, enquanto a mesma função será ocupada por Divia Thani na Condé Nast Traveller. AD, Condé Nast Traveller e GQ terão, respectivamente, Oliver Jahn, Jesse Ashlock e Adam Baidawi como vice-diretores editoriais.

Christiane Mack, diretora de operações de conteúdo, continua no mesmo cargo. Ela foi responsável por unificar as equipes de criação em vídeo, digital e impresso. Com a reestruturação, responderá a Wintour e a Agnes Chu (ex-Disney+), presidente da Condé Nast Entertainment desde setembro deste ano. Outros diretores globais para os demais títulos do grupo editorial serão anunciados no início de 2021.

“As relações que temos com nosso público hoje são trocas contínuas de ideias e opiniões, e Edward, Amy, Divia, Will e Simone são mestres em suas abordagens para criar conteúdo que inspira, desafia e encanta”, comentou Anna Wintour em comunicado. “Ao olharmos para o futuro da Condé Nast, usaremos a combinação incomparável de nosso alcance global e conhecimento local e identidade de nossos títulos para contar as histórias mais importantes, inclusivas e inspiradoras de nosso tempo.”

Edward Enninful
Edward Enninful, celebrado editor-chefe da Vogue britânica, agora é, também, diretor editorial para todas as Vogues da Europa comandadas pelo grupo Condé Nast

 

Simone Marchetti
Simone Marchetti ocupará a mesma função para as edições da Vanity Fair na Europa, exceto a do Reino Unido

 

Amy Astley
Amy Astley está assumindo a direção editorial global da revista AD

 

Will Welch
Will Welch cuidará da direção editorial global da GQ

 

Rumores e percalços dos últimos meses

A nomeação de Anna Wintour para os novos cargos surge depois de anos de boatos de que ela deixaria a Vogue. Rumores a respeito disso, aliás, surgem de tempos em tempos. Edward Enninful, inclusive, costuma ser apontado como seu futuro substituto.

A notícia da “nova estratégia de conteúdo global” chega meses após críticas de que Wintour teria, durante anos, deixado de dar oportunidade para funcionários negros na Vogue. Em um memorando enviado aos funcionários, ela assumiu a responsabilidade por eventuais erros cometidos em sua trajetória na revista e informou que a situação iria mudar.

A nova reestruturação vai ao encontro de mudanças que o grupo Condé Nast tem implementado nos últimos anos para otimizar suas edições. Exemplo disso foi quando, há dois anos, fundiram as operações internacionais com as dos Estados Unidos.

Neste ano, para minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 e a queda nos ganhos com publicidade, a empresa demitiu cerca de 100 funcionários nos EUA e afastou, durante um tempo, cerca de 100 em licença sem remuneração. No início de 2020, a empresa somava 6 mil funcionários em todo o mundo, segundo a Variety.


Colaborou Hebert Madeira

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