Angelica Bucci: conheça a criadora de conteúdo e designer de moda
A paranaense de 28 anos é formada em fashion merchandising e criou a própria marca no ano passado
atualizado
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Angelica Bucci é um nome para ficar de olho. Dona de um estilo autêntico e com muitas referências vintage, ela é criadora de conteúdo de moda, beleza e styling. Além disso, fundou a própria marca durante a pandemia. Aos 28 anos, a paranaense é formada em fashion merchandising e design de moda.
Vem conhecer!
Natural de Londrina, no Paraná, a jovem começou com o blog Très Jolie, em 2010, a convite de Luisa Accorsi. “Alcançamos um número relevante de visualizações para época, porém, como estávamos em momentos muito diferentes de vida – eu estava prestes a prestar vestibular – resolvemos seguir caminhos diferentes”, lembra.
Ao longo dos anos, ela trabalhou como produtora de moda e gerente de mídias sociais para uma marca de acessórios. Depois de se formar, a jovem resolveu focar de vez na profissão de influenciadora digital.
“Nunca me desliguei do mundo da internet. Ao longo desses últimos 10 anos, sempre me mantive conectada e produzindo conteúdo de forma orgânica. A virada de chave aconteceu em 2017, quando comecei a receber convites e oportunidades de trabalho por meio do Instagram – rede social que me mantive ativa desde o início – e, então, resolvi me mudar para São Paulo”, lembra.
Atualmente, Angelica Bucci faz parte da agência Messs, de comunicação e estratégia, que cuida da parte comercial e de parcerias. O próprio estilo é definido como clássico e vintage. “Gosto de brincar com proporções e diferentes texturas pra trazer algo de inesperado, fresh para o look“, conta Bucci. Blazer, camiseta branca, jeans de cintura alta e tênis são as peças-chaves do guarda-roupa da influencer.
Entre os desafios da profissão, Angelica Bucci aponta a necessidade de se manter criativa, relevante e atualizada, além de conseguir separar o público do privado. “Hoje, como tudo muda muito rápido, precisamos nos manter atentas e entender as tendências que estão rolando lá fora, porém, ao mesmo tempo, é necessário buscar ter discernimento daquilo que realmente se encaixa com nosso perfil e faz sentido para nós”, ressalta.
“Outro ponto é conseguir delimitar espaços e tempos off-line. Afinal, tudo pode virar pauta, a série que você está assistindo, a viagem que você faz, a comida que você come… No entanto, assim como o trabalho é de extrema importância, os intervalos de descanso também são. Principalmente para criar e pensar fora da caixinha”, avalia a paranaense.
Durante a crise da Covid-19, Angelica Bucci pensou em formas de se manter ativa, apesar das limitações. Uma das ações foi a aposta na hashtag #MarcasBrasileirasnaQuarentena, no Instagram. A ideia foi preparar uma curadoria especial e valorizar a moda nacional.
“Na minha perspectiva, a pandemia deu uma freada em tudo; fez com que todos nós parássemos para observar o quanto tudo, de fato, está interligado e como nós dependemos diretamente um do outro. Pensando nisso, me questionei como poderia usar minha plataforma para ajudar”, afirma.
Outro passo importante foi a criação da marca homônima, fundada no segundo semestre de 2020. As vendas são feitas via e-commerce. A primeira coleção foi intitulada Home. A cada peça vendida, uma refeição é doada para uma criança ou adolescente da organização social Associação Mãos Estendidas (AME).
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Quando e como a sua marca homônima surgiu?
Angelica Bucci: Ter uma marca foi um sonho que me acompanhou desde novinha e que finalmente tive a coragem de tirar do papel durante a pandemia. O que soa um tanto maluco, certo? Justamente durante um período tão difícil e cheio de incertezas, empreender não parece ser o melhor caminho. Porém, foi justamente nesse período em que meus trabalhos como influenciadora desaceleraram e eu pude entrar em contato com esse antigo desejo e, com o apoio da minha família, decidi começar.
A primeira coleção foi batizada de Home. Tem a ver com a pandemia e o incentivo ao distanciamento social?
Também, mas, além disso, acredito que a coleção fala muito sobre essa reconexão com a nossa casa. Durante a pandemia, passei um período na casa dos meus pais, em Londrina, e me reconectei muito com as minhas origens, com a minha infância, com quem eu sou, comigo mesma. Acredito que é também sobre a importância de nós sermos nossa própria casa e tratá-la com o devido respeito e carinho.
Você desenha as peças da marca? Quais são as suas inspirações?
Sim. Sou a diretora criativa da marca e minhas inspirações dizem muito respeito ao que eu gostaria de usar e muitas vezes não encontro. Tenho diversas referências no passado, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, porém, procuro sempre repaginá-las para os dias de hoje.
Angelica Bucci está empenhada no crescimento pessoal e também no da etiqueta. No primeiro lançamento, a label trabalhou apenas com malharia e poucas peças, em fase de teste. “Neste segundo momento, pretendo expandir o mix de produtos e estabelecer de forma mais sólida a identidade e o posicionamento da marca”, adianta.
Colaborou Rebeca Ligabue