Alexander Wang adianta a coleção outono/inverno 2019 em Nova York
Desfile da Collection 2 aconteceu nesse sábado (1º/12), três meses antes do calendário tradicional
atualizado
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Assim como fez na coleção de primavera, Alexander Wang apresentou suas novidades para o outono/inverno 2019 um trimestre antes do calendário tradicional. Para o show desse sábado (1º/12), o estilista se inspirou no sonho da figura americana em ascender e atingir um espaço de privilégio. Como exemplos, mencionou as novaiorquinas Carolyn Bessette-Kennedy e Foxy Brown; segundo ele, mulheres que vieram da classe média e buscaram progredir.
Além disso, Wang pegou referências da própria experiência de estudar em um colégio particular, diferentemente dos irmãos mais velhos, onde ele se sentia deslocado entre os colegas. Intitulado Collection 2, o novo trabalho tem como proposta uma releitura dos estereótipos de luxo, riqueza e classe. O resultado ganhou um ar feminino, atual e bem chique-despojado.
Para o estilista, o público da grife vai além dos padrões impostos pela sociedade. “A formalidade não tem de se relacionar com o poder, o luxo não tem de se relacionar com a pretensão, e eu estava sempre tentando me encontrar nessa equação”, explicou.
Vem comigo!
Os grandes statements são os sacos de roupa que ganharam status de maxi bolsas na passarela. O detalhe aparece em couro preto, verde vibrante e leopard print, referências que o estilista relaciona aos anos 1980. Blazers se transformam em vestidos com gola V e jaquetas, com pegada urbana.
Snakeskin print em veludo, peças acinturadas, casacos de tweed e jumpsuits de renda são algumas apostas do estilista. Para relembrar o colegial, ele faz um leve resgate da moda preppy em blusas polo de manga longa e trench coats bege. Bandanas, cintos e até o cabelo das modelos trazem um “W” como aposta na logomania.
O couro surge em jaquetas de couro oversized, biker shorts, saias na forma de aventais, luvas, sapatos e botas. Sem falar na forma que as modelos usaram as calças, desabotoadas e com as barras dobradas para fora. Será que a tendência pega?
Repleta de sobreposições e mix de texturas, a coleção tem um pouco do estilo que Hedi Slimane levou para a Celine, também mantido por Anthony Vaccarello na Saint Laurent: ombros enormes com decotes profundos, peças curtas acompanhadas de oversized e a mistura com shorts jeans baggy.
O cenário do desfile foi a antiga sede do Williamsburg Savings Bank, que já foi o prédio mais alto de Nova York. Hoje chamado One Hanson Place, o lugar foi construído em 1927.
Entre os convidados, o rapper 21 Savage e a cantora Teyana Taylor. O destaque da primeira fila foi a robô Sophia – a mais avançada do mundo com inteligência artificial –, criação da empresa Hanson Robotics, com base em Hong Kong.
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Colaborou Hebert Madeira