Alexa Chung anuncia fechamento da marca homônima após cinco anos
A it-girl lançou etiqueta própria em 2017 e chegou a integrar o cronograma da fashion week de Londres
atualizado
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A modelo, apresentadora e estilista Alexa Chung anunciou o fim de sua marca homônima, lançada em 2017. O projeto foi impactado nos últimos anos, principalmente pela pandemia, e a britânica decidiu por encerrar as atividades da empresa. Especialistas do setor apontam outras possíveis razões para a marca não ter decolado.
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“Foi mais do que uma honra poder criar o guarda-roupa dos meus sonhos.” Dessa maneira começou o texto divulgado por Alexa Chung em seu Instagram, em nota que comunicava o encerramento da etiqueta própria. A estilista destacou, ainda, o impacto da pandemia sobre empresas de menor porte. “Os últimos dois anos têm sido desafiadores para pequenas empresas independentes, e a nossa não é exceção.”
Entretanto, Alexa Chung, que tem um histórico longo com a indústria da moda, fez questão de reforçar que sua paixão pelo setor segue viva. As atividades da marca estão sendo encerradas aos poucos.
Até dia 31 de março, por exemplo, ainda será possível encontrar as peças da coleção lançada em parceria com a Barbour, tradicional grife britânica fundada em 1894. O jornal especializado em moda WWD acredita que a preferência da marca por colaborações como essa pode ter sido uma das causas do seu próprio fechamento.
Especialistas acreditam que a empresária priorizava vendas em atacado para grandes multimarcas, como Net-a-Porter e Selfridges, em vez de investir no relacionamento direto com os clientes por meio de um e-commerce e das redes sociais.
“Tendo começado com o atacado e estabelecido fortes relacionamentos com as lojas, ela não queria comprometer a qualidade mudando repentinamente o modelo de negócios”, afirmou o WWD. A pandemia, porém, forçou as etiquetas “a mudar de rumo rapidamente e confiar no canal direto ao consumidor”.
Primeira it-girl
O termo “it-girl” (a garota, em tradução livre) surgiu na década de 2010 para se referir a mulheres que ditavam tendências de moda e de comportamento. A britânica Alexa Chung se destacou por trabalhar como modelo e apresentadora da MTV inglesa; por namorar Alex Turner, da banda Arctic Monkeys; e por ter um estilo despojado, mas chique.
Ao longo desses anos, a ex-modelo firmou parceria com grandes grifes, como Chanel e Burberry. Além disso, ganhou uma bolsa com o próprio nome, da marca Mulberry, que se transformou em hit de vendas na década passada; virou editora contribuinte da Vogue britânica e ainda apresentou o reality show Next in Fashion, da Netflix, ao lado de Tan France, conhecido pela série Queer Eye.
Com a marca homônima, Alexa Chung também deu grandes passos. Conseguiu materializar não apenas seu próprio estilo, mas toda a bagagem visual e estética adquirida com quase 20 anos de mercado.
Como escreveu Samantha Conti, na reportagem do WWD, os impactos econômicos da pandemia foram bem maiores nas empresas menos consolidadas. A Alexa Chung Inc, porém, não teve o CNPJ encerrado completamente, pelo menos por enquanto. A empresa pode ser comprada por algum conglomerado do setor, o que garantiria investimento de longo prazo e uma rede de fornecedores mais bem estruturada.
Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!
Colaborou Carina Benedetti