Alegria do Carnaval todos os dias: conheça a marca Parangolés
A etiqueta produz peças com muitas cores e brilho, e agrega diversão às produções cotidianas
atualizado
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Paetês, lurex e transparência: essa é a tríade que melhor descreve as produções da temporada carnavalesca. Mas já pensou em trazer alguns desses elementos para as roupas do dia a dia? Essa é a proposta da Parangolés. Fundada na época da folia, a marca traz em seu portfólio peças que agregam essa alegria atemporal para o guarda-roupa. No Moda Brasília desta terça-feira (25/1), a coluna apresenta uma entrevista com Tayná Haudiquet, sócio-fundadora da marca.
Vem conferir!
A marca
A Parangolés surgiu a partir de uma paixão em comum: o Carnaval. Amigas de longa data, Tayná Haudiquet e Giovana Dachi estavam com a ideia de empreender juntas, mas antes de chegar no segmento de moda, tinham se arriscado em outros caminhos. Na folia de 2018, no entanto, produziram fantasias bem diferentes do que costumavam ver nas lojas. A produção era composta por um maiô de tule transparente, que tinha duas margaridas nos seios, e um bordado nas costas escrito “Eu não sou obrigada” — frase do movimento feminista que estava em voga na ocasião.
A peça, para lá de ousada, foi sucesso absoluto. Como resultado, amigos começaram a questionar de onde era e quem tinha feito. Esse foi o pontapé para o lançamento da etiqueta. “Na época, poucas marcas da cidade criavam fantasias com essa pegada mais atual e que trazia a militância para as roupas. Enxergamos um nicho de mercado a ser explorado”, relembra Tayná.
Para fazer o negócio dar certo, a dupla setorizou as expertises: Giovana, formada em design de moda, foi para a criação; já Tayná, jornalista com mestrado em comunicação, assumiu a parte de marketing e relacionamento. Inicialmente, a marca produzia apenas uma coleção por ano, focada no Carnaval. Contudo, desde o início da pandemia, o leque foi ampliado e traz opções para o cotidiano. Na mais nova coleção batizada de Euforia, os elementos característicos estão presentes de maneira mais casual.
“Nós definimos o nosso estilo como roupas para festejar. Sendo assim, as peças trazem muita lantejoula, geometria, mix de texturas, cores e ousadia. Brincamos com a ideia que produzimos uma espécie de pachwork chic, repaginado”, descreve a sócio-fundadora.
Propósito
A responsabilidade socioambiental é um dos pilares da etiqueta brasiliense. Dessa forma, uma das maneiras encontradas de causar impacto positivo é por meio da reutilização de resíduos têxteis. Desde a primeiras peças, por exemplo, a Parangolés não descarta tecidos e todas as sobras são armazenadas para as próximas coleções.
As roupas são feitas seguindo o princípio do upcycling. “Na prática, isso quer dizer que a maioria das peças são únicas e dificilmente produzimos duas do mesmo modelo. O slow fashion tem essa lógica reversa da indústria, de fazer devagar, de fazer lento. O nosso sistema de produção respeita cada etapa da construção de um item, indo desde o design, passando pelos testes, a montagem e a finalização”, explica Tayná Haudiquet.
Além do reaproveitamento, a dupla de sócias garimpa tecidos em bancos têxteis especializados e em marcas locais. No ano de 2021, lançaram a coleção Cunhaú, feita a partir de roupas desconstruídas. Nas peças, foram usados refugos da Carpe, outra etiqueta de Brasília.
Moda Brasília
A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília em 2021. Toda semana, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal e no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.
Colaborou Marcella Freitas