Adidas venderá estoque da Yeezy: “Queimá-los não faz sentido”, diz CEO
Após romper parceria com Kanye West, a etiqueta decidiu liquidar o estoque de produtos e doar parte dos lucros para instituições de caridade
atualizado
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Após comentários racistas e antissemitas, a Adidas foi uma das marcas que cortaram relações com o rapper Kanye West. A etiqueta esportiva, aliás, precisou elaborar um plano para liquidar os tênis Yezzy, linha criada pelo músico, que ainda estão em estoque. Na última quinta-feira (11/5), a gigante esportiva decidiu que irá vender os calçados e doar os lucros para instituições de caridade.
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O comunicado divulgado pela marca na última semana é assinado pelo presidente-executivo da Adidas, Bjorn Gulden. Ele anunciou que a marca busca “vender partes desse estoque e doar a renda para as organizações que estão nos ajudando e que também foram prejudicadas pelas declarações de Kanye.”
Vale relembrar que os produtos saíram de circulação há sete meses, desde que a empresa alemã decidiu encerrar a parceria com o rapper. O resultado? Milhões pares empilhados em armazéns da empresa alemã.
Apesar de soar apenas como uma “boa ação”, o rapper irá ganhar 15% dos royalities que estão no contrato feito pela dupla, além do desconto das despesas de logística. Isso porque a Adidas terá que arcar com as vendas.
Embora a linha de calçados tenha sido tirada de circulação, a empresa afirmou que não irá descartar os produtos. Gulden complementou na entrevista que “queimar milhões de pares (de tênis) não faz sentido”.
Enquanto isso, a empresa de três listras pode produzir mais calçados da linha, mesmo sem a participação do rapper. A Adidas detém as patentes e direitos autorais para a confecção dos produtos. Inclusive, pode omitir a marca Yeezy e continuar comercializando os produtos.
No início do mês, a Adidas revelou que poderia perder R$ 3 bilhões em lucros com os tênis “parados” no estoque. “Caso a empresa decidisse irrevogavelmente não reaproveitar nenhum produto Yeezy existente daqui para frente, […] isso reduziria o lucro operacional da empresa em 500 milhões de euros este ano”, pontuaram.