Acionistas da Nike negam melhorias a trabalhadores em países de risco
O projeto rejeitado surgiu seguido de críticas aos posicionamentos recentes da marca norte-americana
atualizado
Compartilhar notícia
Nesta semana, a Nike anunciou que refutou uma proposta de melhorias para trabalhadores em países de alto risco. A atitude foi tomada com a orientação do conselho da empresa de moda esportiva, sob o argumento de que a companhia já havia formulado metodologias para controlar as questões trabalhistas.
Vem entender!
Nike pressionada por mais direitos trabalhistas
O projeto foi apresentado pelo Domini Impact Equity Fund, entidade integrante de um grupo formado por mais mais de 60 investidores que cobraram a Nike sobre pagamentos em atraso, na Tailândia e no Camboja, no valor total de US$ 2,2 milhões. A associação também solicitou justificativas sobre o Acordo do Paquistão, que engloba pautas de saúde e segurança entre sindicatos dos trabalhadores e marcas, assinado por Adidas e Puma, porém rejeitado pela Nike.
Em contrapartida, um fundo de investimentos da Noruega — o nono maior acionista da Nike — apoiou a proposta e se manifestou contrário a um projeto de remuneração dos executivos, que prevê US$ 29,2 milhões para o CEO, John Donahoe, neste ano. Os shareholders do país escandinavo apontaram o pagamento como excessivo.
A Nike tem passado por um momento crítico: está enfrentando uma possível queda nas receitas para 2025, prevista por analistas de Wall Street, em Nova York, nos Estados Unidos. Esse cenário é enfatizado também pela procura do público por etiquetas alternativas, como uma forma de reação à falta de inovação nos produtos da empresa.
Desde o começo deste ano, a marca lida com diminuição nas vendas. A situação foi evidenciada em fevereiro, quando 1600 funcionários foram demitidos em um corte de gastos. Em agosto, a empresa também foi citada como uma das empresas que recuaram nas metas de sustentabilidade, o que gerou uma série de críticas sobre os recentes posicionamentos.