10 grifes internacionais que substituíram seus diretores criativos
O mundo fashion tem se transformado numa dança das cadeiras recheada de trocas, demissões e novas contratações. Veja as mais recentes
atualizado
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De 2017 para cá, o mundo da moda passou por várias mudanças nas direções criativas. No ano passado, Phoebe Philo anunciou sua saída da Céline e Christopher Bailey avisou que se despediria da Burberry. Seja por diferenças de opinião ou pressão externa do mercado fashion, acompanhamos muitas demissões e contratações.
Entre a saída de Kim Jones da Louis Vuitton masculina e a especulação sobre quem substituirá Guillaume Henry na Nina Ricci, a notícia mais marcante foi a despedida de Carolina Herrera.
Vem comigo saber mais!
1. CÉLINE
Phoebe Philo apresentou sua última coleção no mais recente desfile da Semana da Moda de Paris. Em uma década, ela colaborou para tornar a marca um ícone do minimalismo. Agora, é a vez de Hedi Slimane, com seu forte apreço pela cultura jovem, trazer cor e vida para a grife. Conhecido por preferir calça skinny e paetê, o estilo de Slimane é bem diferente do clean cut de Phoebe.
Sua estreia está programada para setembro, na próxima temporada da Semana de Moda de Paris, quando apresentará a coleção primavera/verão 2019 da grife.
2. BURBERRY
Depois de 17 anos como diretor criativo, Christopher Bailey anunciou, em dezembro de 2017, que deixaria a Burberry. Em sua despedida, na temporada outono 2018, tirou o nosso fôlego ao escolher a modelo Cara Delevingne para desfilar com uma longa capa em estampa rainbow. O print esteve em diversas peças e funcionou como um manifesto na coleção.
Responsável por transformar toda a estrutura da marca, o designer aproximou a Burberry do público jovem. Sua linguagem vibrante, com diversas cores, texturas e toques de street style, trouxe êxito para a grife. Apesar da despedida, ele continuará a prestar apoio ao diretor executivo, Marco Gobbetti, e à equipe durante o período de transição, que seguirá até o final de 2018. Em seguida, Bailey se dedicará a “novos projetos”, mas não antecipou detalhes.
No início de março, foi anunciado o novo diretor criativo da marca. Após deixar a Givenchy, em 2016, Riccardo Tisci assumiu o cargo e será responsável pelas coleções masculina, feminina e de acessórios. Uma curiosidade: foi Christopher Bailey, na Burberry, que lançou a carreira de Cara Delevingne como modelo – também queridinha de Karl Lagerfeld.
3. GIVENCHY
Durante os desfiles da coleção primavera 2018, Clare Waight Keller, ex-diretora criativa da Chloé, substituiu Riccardo Tisci, que ficou à frente da Givenchy por 12 anos.
No começo de 2017, o italiano deixou o cargo na grife. Hoje, ele assume o lugar de Christopher Bailey na Burberry. Diferentemente de Tisci, que tem um olhar contemporâneo, Waight Keller inspirou-se nos arquivos da marca para desenvolver sua linha.
4. CHLOÉ
Braço direito do diretor criativo Nicolas Ghesquière na Louis Vuitton, Natacha Ramsay-Levi substituiu Clare Waight Keller, atual Givenchy, na Chloé. Ela acentuou a clássica elegância das peças boêmias da grife na temporada outono 2018 e conquistou a indústria fashion. Em entrevista, Natacha afirmou que “o sexo feminino tem passado emoções e rachaduras, e a mulher Chloé não é um fantasma”. As blusas sem botões e com longos decotes em V mostraram seu desejo em deixar o público-alvo “forte e inalcançável”.
5. DIANE VON FÜRSTENBERG
Em dezembro de 2017, após anunciar o desejo de vender parte de sua marca, Diane von Fürstenberg teve uma surpresa. Jonathan Saunders, diretor criativo da grife há quase dois anos, pediu demissão. Tudo isso após ter reformulado setores criativos da empresa, como o design das lojas, o layout do site, a abordagem das campanhas e a identidade visual da label.
A estilista, então, nomeou Nathan Jenden novo diretor. Ele já havia exercido o cargo durante 10 anos, até deixar a empresa, em 2010, para focar em sua própria grife. De volta à função, o profissional tem a missão de continuar enfatizando a mensagem de empoderamento que a marca se esforça para passar.
6. CAROLINA HERRERA
Carolina Herrera, uma das grandes figuras da moda nova-iorquina, despediu-se da direção criativa da marca homônima e passou a exercer o papel de embaixadora global da grife. Durante o período no comando da marca, ela desenvolveu um estilo atemporal, colorido e alegre, com fortes influências do look pós-guerra, sempre mantendo um tom atual. Embora tenha dito que não vai se aposentar, a estilista anunciou o designer Wes Gordon para ocupar o seu cargo.
Gordon graduou-se pela University of Arts London, lançou uma marca de roupas femininas com seu nome e apresentou coleções em Nova York de 2010 a 2016. Tudo isso antes de entrar para o time da grife, em 2017, quando colaborou na Casa Herrera como consultor criativo. O estilo alinhado do designer dá match perfeito com o perfil feminino e sofisticado do DNA da label. O Resort 2019 será a primeira linha assinada pelo jovem talento.
7. LOUIS VUITTON MASCULINA
Kim Jones anunciou, durante a semana de moda parisiense, a saída da Louis Vuitton após nove anos como diretor criativo da marca. Especulava-se que a Versace queria Jones em sua direção, mas o privilégio de contar com a competência do estilista ficou com a Dior Homme.
Jones revitalizou o estilo menswear da grife ao misturar a herança clássica da marca com a moda do street style. O cargo ainda não tem sucessor.
8. DIOR HOMME
Famoso por seus desenhos jovens e inspirações no sportwear e workwear, Kris Van Assche saiu da Dior Homme para seguir novos desafios, deixando o cargo para o designer britânico Kim Jones. Após 11 anos na Louis Vuitton, ele afirmou estar honrado em se juntar à maison francesa, a qual considera um grande símbolo da elegância.
Jones iniciou a carreira em Londres, nos anos 1990, trabalhando na Umbro. No início de 2017, anunciou uma colaboração entre Louis Vuitton e Supreme, de grande sucesso. A marca espera que Jones traga seu fator “cool” à Dior. A primeira coleção dele para a grife francesa estreará em Paris, no mês de junho.
9. COURRÈGES
Meyer e Vaillant assumiram a marca em 2015, logo após estourarem na cena fashion de Paris com a Coperni Femme. Eles inovaram a grife com um olhar singular e, agora, abrem espaço para Yolanda Zobel. A estilista estudou moda em Berlim e, ao longo de duas décadas trabalhando no mundo fashion, fez seu nome na Giorgio Armani e nas equipes de estilo da Acne Studios, Jil Sanders e Chloé.
Sua primeira coleção, de primavera/verão 2019, será apresentada em setembro, durante a Semana de Moda de Paris.
10. NINA RICCI
Na última quinta-feira (15/3), Nina Ricci anunciou a saída de Guillaume Henry da direção criativa da grife. Conhecido por seu estilo romântico e delicado, ele ocupava o cargo havia três anos e, anteriormente, fez grande sucesso na Carven. A marca não possui um sucessor imediato e divulgou que os próximos lançamentos serão assinados pela equipe interna.
Mudanças e transformações
O momento atual, com tantas alterações nas direções criativas, pode ser considerado delicado para as grifes renomadas. Apesar de serem gigantes do cenário fashion, há grande pressão para que elas não decepcionem os amantes da moda.
A pergunta que não quer calar é: em meio a tantas transformações, essas marcas conseguirão manter seu DNA? Para tranquilizar clientes e admiradores, as novas contratações envolvem grandes artistas, com carreiras tão brilhantes quanto suas mentes. Podemos continuar otimistas e esperar ansiosamente as próximas coleções.
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