Vice-presidente do PSDB entra na ofensiva contra pesquisas eleitorais
Deputado Carlos Sampaio, que declarou voto em Jair Bolsonaro (PL), apresentou projeto para punir responsáveis por “pesquisas fraudulentas”
atualizado
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Vice-presidente nacional do PSDB, o deputado federal Carlos Sampaio (SP) decidiu entrar na ofensiva de bolsonaristas contra as pesquisas de intenção de voto.
Nos últimos dias, o tucano apresentou um projeto na Câmara dos Deputados para punir responsáveis pelo que descreve na proposta como “pesquisas fraudulentas”.
Sem especificar critérios para classificar os levantamentos como fraudulentos, Sampaio propõe punir os responsáveis com até dez anos de prisão e multa de R$ 150 mil a R$ 200 mil.
“Julgo extremamente relevante e de grande proveito para o nosso sistema democrático que algumas medidas para o aperfeiçoamento do controle da atuação dos institutos de pesquisa sejam tomadas, reforçadas pelo agravamento da punição a fraudes e irregularidades praticadas em pesquisas eleitorais”, justifica o deputado.
Com a apresentação do projeto, o tucano se junta ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que capitaneia a apresentação de projetos contra a divulgação de pesquisas eleitorais.
Além de Sampaio e Barros, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das bolsonaristas mais votadas nesta eleição, apresentou projeto que proibe a divulgação desses levantamentos.
Tucanos com Bolsonaro
Sampaio é um dos deputados do PSDB que declararam apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) tão logo o segundo turno foi definido. Ele seguiu a posição do governador paulista Rodrigo Garcia.
Como noticiou a coluna, tucanos de Minas Gerais relatam estar sendo pressionados por aliados a também declarar voto em Bolsonaro contra Lula (PT) no segundo turno.
O apoio, porém, não é consenso no PSDB. Lideranças históricas como Pimenta da Veiga, Fernando Henrique Cardoso e José Serra (SP) já anunciaram apoio à eleição de Lula.