Vereadores de SP temem retaliação do PCC por causa do vice de Nunes
Vereadores que apoiam reeleição do prefeito de SP temem que PCC os impeçam de fazer campanha nas comunidades por causa do vice policial
atualizado
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A escollha do coronel da reserva Ricardo Mello Araújo como candidato a vice do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), virou motivo de preocupação para vereadores de partidos que apoiam a reeleição do emedebista.
A preocupação tem a ver com o histórico de Mello Araújo dentro da Polícia Militar paulista. Mais especificamente, com o fato de ele ter sido comandante da Rota, tropa da PM conhecida pela truculência em sua atuação.
Nos bastidores, vereadores expressaram às cúpulas partidárias o temor de que escolha de um ex-chefe da Rota como vice de Nunes atrapalhe suas próprias campanhas dentro de comunidades da capital paulista.
O medo é de que, com Mello Araújo na vice da chapa, os vereadores e candidatos à Câmara Municipal que apoiam a reeleição de Nunes enfrentem dificuldades para entrar nas favelas para pedir votos.
Sob reserva, vereadores dizem temer que o PCC, facção que domina as comunidades da capital paulista, emita um “salve” impedindo que os candidatos que apoiam Nunes façam campanhas nas favelas.
A preocupação foi levada pelos presidentes de partidos a Nunes e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mas não foi suficiente para impedir a concretização da aliança, que será formalizada nesta sexta-feira (21/6).
O ex-chefe da Rota foi indicado para a chapa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em cujo governo Mello Araujo foi chefe da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).