Valdemar procura bolsonaristas para medir estrago de elogio a Lula
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto conversou com bolsonaristas por telefone para medir estrago da entrevista em que elogiou Lula
atualizado
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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, procurou bolsonaristas nas últimas horas para medir o estrago de uma entrevista que concedeu recentemente elogiando Lula.
Embora a entrevista tenha sido dada em dezembro, um vídeo editado com as falas de Valdemar passou a repercutir na semana passada, gerando reação de bolsonaristas nas redes sociais.
Nesta segunda-feira (15/1), o próprio Jair Bolsonaro comentou o tema. Sem citar Valdemar, o ex-presidente falou na possibilidade de “implosão” do PL em razão de “declarações absurdas”.
“Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem. Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele tomar um (cachaça) 51 ali na esquina ali. (Lula) Não vem”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores em sua casa de veraneio em Angra dos Reis (RJ).
Valdemar conversa com bolsonaristas
Após a repercussão negativa, Valdemar conversou por telefone com ao menos dois parlamentares da ala bolsonarista do PL: o senador Magno Malta e o deputado federal Sóstenes Cavalcante.
Segundo apurou a coluna, ambos avaliaram que o dirigente não errou propositadamente, mas, sim, em razão do “histórico” da legenda de ser governista em gestões do PT.
“O Valdemar errou por conta do histórico dele, de ser governista, não foi intencionalmente. Ele precisa entender que hoje ele tem lado e que, quando você tem lado, não elogia o adversário”, disse à coluna, sob reserva, um aliado de Bolsonaro.
Os parlamentares também minimizaram a reação de Bolsonaro. A Valdemar, avaliaram que a fala do ex-presidente da República seria mais uma resposta à militância do que irritação com o cacique.
Nesse cenário, Valdemar foi aconselhado por parlamentares bolsonaristas a submergir nos próximos dias, para que o assunto seja esquecido e a crise arrefeça.