União de Haddad, Tarcísio e Rodrigo favorece cassação de Douglas Garcia
Assembleia Legislativa de SP vai analisar representações contra deputado Douglas Garcia por atacar a jornalista Vera Magalhães
atualizado
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Uma inusitada “união” entre Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) pode acelerar a punição ao deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos) pela agressão à jornalista Vera Magalhães.
Rivais na disputa ao governo de São Paulo deste ano, Haddad, Tarcísio e Rodrigo demonstram estarem unidos na defesa de que a Assembleia Legislativa do estado, a Alesp, casse o parlamentar pela atitude. As motivações de cada um deles, porém, é diferente.
Candidato à reeleição, Garcia pretende se empenhar e mobilizar seus aliados na Alesp a punirem o deputado bolsonarista o mais rápido possível. O objetivo do atual governador é atingir Tarcísio, com quem disputa uma vaga no segundo turno.
Como vacina, Tarcísio se apressou e, horas após a agressão, também passou a defender publicamente “punição severa” ao deputado. O temor do ex-ministro é de que o episódio leve para sua campanha a rejeição que Bolsonaro enfrenta no eleitorado feminino.
Douglas, vale ressaltar, é do mesmo partido de Tarcísio e estava no debate da TV Cultura onde atacou a jornalista como convidado do ex-ministro da Infraestrutura. Após o episódio, Tarcísio anunciou que o deputado estava vetado de suas agendas.
Haddad, por sua vez, trabalhará pela cassação de Douglas Garcia por ser opositor declarado do bolsonarismo. Foram deputados do PT, partido do ex-prefeito, que apresentaram uma das representações contra Douglas no Conselho de Ética da Alesp.
O entorno de Rodrigo, Haddad e Tarcísio reconhece, porém, que, mesmo com a “união” dos três, é praticamente impossível que a assembleia puna Douglas Garcia antes das eleições deste ano, quando o parlamentar tenta uma vaga de deputado federal.