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Três senadores petistas dizem ter indicado emendas de relator

Fabiano Contarato, Humberto Costa e Rogério Carvalho admitem ter indicado emendas de relator em documentos enviados ao STF

atualizado

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Roque de Sá/Agência Senado
Senado Federal
1 de 1 Senado Federal - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Senadores de oposição ao governo de Jair Bolsonaro também se beneficiaram de indicações do chamado “orçamento secreto“. Nos documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), três senadores petistas revelam ser os padrinhos dos beneficiários de emendas.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES), que trocou de partido neste ano, deixando a Rede, afirma ter indicado R$ 20 milhões em emendas, sendo R$ 1 milhão para o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória, e R$ 19 milhões para a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo.

À coluna, o senador destacou que não sabia do que se tratava a “emenda de relator”. E que priorizou o o critério técnico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para destinar os recursos, “sem qualquer vinculação com relações político-partidárias”.

“No momento em que o recurso foi oferecido para ajudar a Saúde do Estado do Espírito Santo, eu não tinha conhecimento de que se tratava de ’emenda de relator’. Não chegou a ser empenhada a indicação de R$ 1 milhão destinada à assistência hospitalar e ambulatorial do hospital universitário público Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), que não preencheu a tempo a proposta. As informações são públicas”, disse.

Já o senador Humberto Costa (PT-PE) diz ter indicado emendas do relator em duas ocasiões. Na primeira, indicou R$ 15 milhões, dos quais foram liberados R$ 3,413 milhões para ações de saúde em 14 municípios de seu estado.  Na segunda, indicou R$ 12 milhões para compra de máquinas agrícolas, mas diz que não houve liberação de recursos.

Assim como Contarato, Humberto ainda justifica as indicações, dizendo que só após as reportagens do jornal O Estado de S. Paulo que teve conhecimento dos problemas das emendas de relator.

“Até aquela ocasião, não havia conhecimento da maior parte dos congressistas sobre essa inusitada característica, a dizer mais, a oposição e quem não detinha cargos no atual governo e não compunha a Comissão Mista de Planos Orçamentos Públicos e Fiscalização-CMO, tampouco teria quaisquer possibilidade de ter ciência dessa ‘inovação orçamentária’, como é o caso desse parlamentar”, justificou.

O terceiro senador petista que disse ter indicados emendas foi Rogério Carvalho (PT-SE). O parlamentar apontou duas emendas de relator como suas, mas sem especificar os valores.

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