Tebet não empolga Novo, que fala em ir até o fim com candidato próprio
Partido cogitou aderir à candidatura única da 3ª via, mas, sem Sergio Moro, dirigentes dizem que tendência é ir com Felipe D’Ávila até o fim
atualizado
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O Partido Novo demonstra estar cada vez mais decidido a ir até o fim da eleição deste ano com seu atual pré-candidato ao Palácio do Planalto, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila.
Lideranças da legenda avaliam não ser vantajoso para a sigla apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS), nome de consenso escolhido por MDB, PSDB e Cidadania para representá-los na corrida presidencial.
Quando lançaram D’Ávila, em novembro de 2021, dirigentes do Novo chegaram a admitir que o partido poderia aderir à candidatura única da terceira via à Presidência da República.
A esperança na cúpula da legenda era que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), na época ainda filiado ao Podemos, fosse o candidato de consenso desse grupo. Não foi o que aconteceu.
Tebet não empolga dirigentes do Novo. Eles argumentam que a senadora, empacada em 2% nas pesquisas, segundo o último Datafolha, não teria potencial para romper a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).
Assim, a melhor opção, segundo mandatários do Novo, seria manter a candidatura de D’Ávila. E, assim, garantir palanque presidencial próprio para ajudar nas campanhas estaduais e para a Câmara.
Um entrave típico dos grandes partidos também facilita a decisão do Novo. Enquanto em outras siglas o fundo eleitoral é disputado, a legenda de D’Ávila se recusa a usar a verba pública.