Tarcísio admite “ajustes” na PM, mas nega enfraquecimento de Derrite
À coluna governador Tarcísio de Freitas falou sobre a situação de Derrite após mortes e abusos envolvendo a PM de São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu à coluna, nesta quarta-feira (4/12), que é preciso fazer “ajustes” na Polícia Militar do Estado, após os recentes casos de abusos. Ele negou, contudo, que haja enfraquecimento do atual secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite.
Os ajustes na PM foram discutidos por Tarcísio em reunião com o comandante-geral da corporação, coronel Cássio Araújo, nessa terça-feira (3/12), no Palácio do Bandeirantes. A conversa ocorreu após a revelação de que um policial jogou um homem do alto de uma ponte em Cidade Ademar, zona sul da capital paulista.
Derrite não participou da reunião entre o governador e o comandante-geral, o que provocou especulações, nos bastidores, sobre possível enfraquecimento dele. Na hora do encontro, Derrite estava em Brasília para participar de agenda do conselho de secretários de Segurança Pública de todo o Brasil.
“Não tem enfraquecimento algum. Temos que fazer ajustes, sem sombra de dúvida. Fazer uma profunda reflexão sobre o que não está dando certo. Sobre o porquê de procedimentos operacionais padrão não estão sendo cumpridos. Mas não é rifa de ninguém que faz resolver. Nas adversidades, temos que procurar juntar. Não espalhar”, disse Tarcísio à coluna nesta quarta.
Segundo auxiliares, o governador de São Paulo pretende deixar claro para a tropa da PM e para a sociedade que casos de abusos, como o do homem arremessado da ponte por um policial, não serão tolerados e restarão punidos. Na terça, ao menos 13 policiais militares foram afastados por possível envolvimento com o episódio.
Tarcísio nega demissão de Derrite
Na chegada à Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (4/12) para receber uma condecoração por contribuições aos trabalhos legislativos, Tarcísio disse que não vai demitir Derrite. “Se olharmos os números, vamos ver que ele (o secretário) faz um bom trabalho”, ressaltou.