Após tapa, deputado sugere porte de arma automático para parlamentares
Um dia após briga na Câmara, deputado bolsonarista apresentou projeto para que parlamentares tenham direito automático a porte de arma
atualizado
Compartilhar notícia
Um dia após um parlamentar dar um tapa em outro no plenário da Câmara, um deputado bolsonarista protocolou projeto de lei para conceder porte de arma de fogo automático a parlamentares.
A proposta foi apresentada na quinta-feira (21/12) pelo deputado federal José Medeiros (PL-MT). O projeto inclui deputados e senadores nas categorias que têm automaticamente direito ao porte.
Medeiros também propõe que as assembleias legislativas estaduais e a Câmara Distrital do DF tenham direito de decidir se seus parlamentares poderão ou não portar automaticamente armas de fogo.
Na justificativa do projeto, o deputado bolsonarista sustenta que os acirrados debates políticos podem “extrapolar os muros das respectivas Casas” e “provocar comportamentos radicais” em algumas pessoas.
“Os embates que são próprios da atividade parlamentar, não poucas vezes, extrapolam os muros das respectivas Casas legislativas, refletindo-se nas ruas, podendo sensibilizar algumas pessoas ao ponto de provocar comportamentos radicais com ameaças de agressões físicas e, até mesmo, de atentados contra a vida”, afirma Medeiros.
Senador já atirou em outro
O Congresso Nacional, vale lembrar, tem sua própria história de tragédia envolvendo parlamentares que andavam armados dentro dos plenários do Poder Legislativo.
Em 4 de dezembro de 1963, o então senador Leopoldo Collor de Mello, pai do ex-senador e ex-presidente Fernando Collor, atirou contra um adversário e acabou atingindo José Kairala (PSD), que faleceu.
Hoje, mesmo deputados e senadores que têm porte de arma não podem andar armados dentro das dependências do Congresso, embora não haja revista nas entradas da Casa para parlamentares.