Suplente de senador do PSB doa para candidato de Bolsonaro
Suplente de senador do PSB doou R$ 250 mil para André Fernandes (PL), candidato ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro em Fortaleza
atualizado
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Suplente do senador Cid Gomes (PSB), o empresário cearense Prisco Bezerra e seu irmão, Gerardo Bezerra, doaram R$ 500 mil para o candidato do PL à Prefeitura de Fortaleza, o bolsonarista André Fernandes.
Prisco e Gerardo, que são irmãos do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, doaram cada um R$ 250 mil para Fernandes no dia 21 de outubro. Fernandes enfrenta no segundo turno na capital cearense o petista Evandro Leitão.
A doação para André Fernandes é mais um capítulo do racha do PDT no Ceará. Apesar do presidente da legenda, ministro Carlos Lupi, ter declarado apoio em Leitão, Roberto Cláudio anunciou apoio isolado ao bolsonarista.
A declaração de apoio do ex-prefeito, ligado à ala do PDT comandada por Ciro Gomes, veio dias depois da definição de que André Fernandes enfrentaria Evandro Leitão no segundo turno da capital cearense.
Como mostrou a coluna, Lupi foi cobrado por parlamentares do PDT a se manifestar diante das articulações de uma ala do partido para apoiar um candidato ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Um partido como nosso, que tem nossa história, jamais vai estar ao lado dos filhotes da ditadura. Por isso, nós, para proteger nossos companheiros, falamos da neutralidade, mas como alguns companheiros estão demostrando a sua vontade pessoal, eu quero também manifestar a minha. Como fundador desse partido, não temos como ter outro lado. E esse lado aí em Fortaleza hoje é o lado do Evadro Leitão (PT). Não tenho nenhuma dificuldade de falar isso”, disse Lupi.
Doação no primeiro turno
No primeiro turno, o grupo de Roberto Cláudio apoiava a tentativa de reeleição do atual prefeito de Fortaleza, Sarto (PDT), que acabou derrotado. Como mostrou a coluna, Prisco Bezerra doou R$ 1 milhão para o pedetista em 2024.
Além de empresário do ramo educacional, Bezerra é primeiro suplente do senador Cid Gomes (PSB-CE) no Senado. O senador e Ciro Gomes, porém, são de grupos políticos opositores atualmente no Ceará.
Cid e Ciro romperam a relação em 2023. O motivo foi a divergência sobre ser ou não base do governador do Ceará, Elmano Freitas (PT). Após o rompimento, o senador deixou o PDT e se filiou ao PSB.