Sucessão de Mario Frias na Cultura abre guerra no governo Bolsonaro
Secretário especial da Cultura deixará o cargo em abril para disputar as eleições de outubro deste ano
atualizado
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A provável saída de Mario Frias do comando da Secretaria Especial da Cultura em março para concorrer as eleições abriu verdadeira guerra nos bastidores do governo Jair Bolsonaro pelo cargo.
A disputa para emplacar o sucessor de Frias envolve o próprio secretário, o ministro do Turismo, Gilson Machado, a quem a pasta é vinculada, e até caciques do Centrão e militares que atuam no governo.
Segundo apurou a coluna, Frias quer convencer Bolsonaro a nomear como seu sucessor o atual número 2 da secretaria: o secretário adjunto do órgão, Hélio Ferraz de Oliveira.
O ministro do Turismo, por sua vez, quer emplacar como secretária da Cultura a atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto.
O nome de Larissa, porém, enfrenta resistência entre alguns integrantes do Palácio do Planalto, que defendem um nome de “mais peso” junto ao setor cultural para chefiar a secretaria.
A atual presidente do Iphan é funcionária de carreira do Ministério do Turismo desde 2008. Ela é casada com um policial federal que atuou na segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.
Por fora, ministros filiados a partidos do Centrão e até integrantes da ala militar do governo atuam para emplacar outros nomes como sucessor de Mario Frias na Secretaria da Cultura.
Apesar das pressões internas, auxiliares presidenciais apostam que Bolsonaro acabará não atendendo a nenhuma dessas alas do governo e escolherá um nome de fora para o posto.