STF vetou busca em gabinetes de deputados do PL em julgamento sigiloso
Decisão sobre autorizar buscas no gabinete de Josimar de Maranhãozinho foi feita forma sigilosa ao plenário virtual do STF há duas semanas
atualizado
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A Polícia Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (11/3), operação de busca e apreensão em endereços ligados a deputados federais do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Um dos alvos foi Josimar de Maranhãozinho (MA), pré-candidato ao governo do Maranhão e que foi flagrado pela PF com maços de dinheiro.
A autorização foi dada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que limitou a operação a residências e escritórios dos parlamentares. O magistrado, porém, proibiu diligências nos gabinetes do deputados na Câmara, em Brasília.
A decisão de Lewandowski foi chancelada por unanimidade pelos outros 10 ministros do STF num julgamento sigiloso realizado há duas semanas no plenário virtual da Corte. No julgamento, os ministro rejeitaram um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pedia acesso aos gabinetes.
De acordo com fontes do Supremo, o julgamento sigiloso, algo incomum na Corte, se deu para preservar a operação da PF deflagrada nesta sexta. Como a decisão do STF segue em sigilo, não é possível saber a justificativa de Lewandowski e dos demais ministros da Corte para impedir as buscas nos gabinetes.
Outros dois deputados do PL também tiveram buscas em suas residências e escritórios autorizadas pelo STF: deputados Bosco Costa (SE) e Pastor Gil (MA).