Soltura de “Rei do Lixo” implode chances de desembargadora no STJ
Após soltar “Rei do Lixo”, desembargadora virou alvo de caciques petistas, que pressionam Lula a não indicá-la para uma vaga no STJ
atualizado
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A soltura do empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, “implodiu” as chances de a desembargadora Daniela Maranhão ser indicada por Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), avaliam ministros do governo.
Membro do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Daniela disputa a indicação de Lula para o STJ em uma lista tríplice que tem ainda os desembargadores Carlos Brandão (TRF-1) e Marisa Santos (TRF-3).
Daniela tem como “cabos eleitorais” nomes influentes do Poder Judicário em Brasília. Apoiam a indicação dela, por exemplo, os ministros Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, e Gilmar Mendes, decano da Corte.
Apesar do apoio de peso, Daniela comprou uma briga com caciques do PT da Bahia ao mandar soltar o “Rei do Lixo” e outros alvos da Operação Overclean, que apura fraude em licitação e desvio de recursos.
O empresário, como vem noticiando a coluna, tem fortes ligações e contratos com gestões de importantes lideranças do União Brasil, partido que é adversário histórico dos petistas na Bahia.
Segundo apurou a coluna, após a soltura do “Rei do Lixo”, diversos caciques do PT baiano procuraram ministros do governo para fazer pressão contra a indicação da Daniela Maranhão por Lula ao STJ.
Sob reserva, esses petistas avaliam que a soltura do empresário diminuiu drasticamente as chances de o “Rei do Lixo” fechar um acordo de delação premiada que poderia atingir lideranças do União Brasil.
“Onde essa mulher estava com a cabeça? Ela se implodiu”, afirmou um influente ministro do governo à coluna. “A Bahia está vetando ela com força, querem ela no sal”, emendou.