Servidor flagrado com munições perderá cargo no Ministério da Saúde
Servidor que tentou entrar com munições na Câmara já foi avisado que será exonerado da função comissionada que ocupa no Ministério da Saúde
atualizado
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O servidor do Ministério da Saúde Eduardo Figueira de Sousa, que foi preso em flagrante na terça-feira (10/12) tentando entrar na Câmara dos Deputados com munições, será exonerado da função comissionada que ocupa na pasta.
Eduardo foi informado da exoneração durante uma reunião, na quarta-feira (11/12), com sua chefia no ministério. Ele perderá a função de “assessor técnico especializado” na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), onde atuava.
De acordo com dados do Portal da Transparência, Eduardo ingressou no serviço público em 1979, sem concurso público, mas conquistou estabilidade após a Constituição de 1988. No Ministério da Saúde, ele trabalha desde 1991.
Como possui estabilidade, o servidor perderá apenas a função comissionada na secretaria do ministério. Ele só será demitido do serviço público caso seja alvo de um processo administrativo disciplinar (PAD), o que não aconteceu até agora.
Eduardo foi preso em flagrante na tarde da terça, após o raio-X da Câmara detectar as munições. Ele foi solto no início da noite, depois que seu advogado pagou fiança de R$ 1.517. O servidor responderá em liberdade pelo crime de porte ilegal de munições.
Servidor é “faz-tudo” do Ministério da Saúde
Conforme informado pela coluna, Eduardo é apontado por outros funcionários do Ministério da Saúde como uma espécie de “faz-tudo” da pasta. Esses servidores dizem que Eduardo nunca demonstrou ser alguém de perfil radical.
Integrantes da pasta afirmam também que o servidor, que é conhecido como “Dudu”, sempre teve boa relação com os colegas. A suspeita dos amigos é de que Eduardo despacharia as munições para outra pessoa pelos Correios.