Servidor flagrado com munições não aparece para trabalhar
Servidor que foi preso em flagrante tentando entrar com munições na Câmara faltou ao expediente no Ministério da Saúde nesta 3ª
atualizado
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O servidor do Ministério da Saúde flagrado tentando entrar com munições na Câmara dos Deputados não apareceu para trabalhar na pasta nesta quarta-feira (11/12), um dia após o episódio.
Como noticiou a coluna, Eduardo Figueira de Sousa foi preso na tarde da terça-feira (10/12) ao tentar entrar na Câmara com 30 munições de pistola .380 embaladas em papel alumínio.
Eduardo ingressou no serviço público em 1979, sem concurso público, mas ganhou estabilidade após a Constituição de 1988. Já no Ministério da Saúde, ele trabalha desde janeiro de 1991.
Na pasta, o servidor atua na Secretaria de Atenção Especializada da Saúde (Saes), onde tem uma função comissionada executiva de “assessor técnico especializado”.
Somando o vencimento base com a gratificação pela função comissionada, Eduardo recebe salário mensal líquido (após os descontos) de R$ 6,7 mil, segundo dados do portal da transparência.
Servidor é “faz-tudo” do Ministério da Saúde
Conforme noticiou a coluna, o servidor é apontado por outros funcionários do Ministério da Saúde como uma espécie de “faz-tudo” e nunca demonstrou ser alguém de perfil radical.
Integrantes da pasta dizem que, ao longo dos mais de 30 anos de trabalho no ministério, o servidor, que é conhecido como “Dudu”, sempre teve boa relação com os colegas de trabalho.
“Ele é alguém que está no ministério fazendo a mesma função há muitos, muitos anos. Então, ele faz muita coisa por lá, leva e entrega muita coisa. Ajuda mesmo”, disse um ex-servidor da pasta que trabalhou com Eduardo.
Na avaliação de colegas do servidor ouvidos sob condição de anonimato, as munições apreendidas com ele na Câmara podem ser de outra pessoa que teria pedido para ele despachar pelos Correios.
O que diz o Ministério da Saúde
Procurado pela coluna para saber se Eduardo tirou alguma licença ou foi afastado, o Ministério da Saúde não respondeu. Aliados, porém, dizem que o servidor deve ficar alguns dias afastado.
Na terça-feira, a pasta chegou a emitir uma nota à imprensa ressaltando que Eduardo não exerce função de chefia e que o ministério “permanece no aguardo de informações detalhadas para adotar as medidas cabíveis”