Por que senadores não querem instalar a CPI da Braskem agora
Líderes do Senado preveem que CPI da Braskem só deve começar a funcionar de fato em fevereiro de 2024, após a volta do recesso parlamentar
atualizado
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Apesar da mobilização de parlamentares de Alagoas, lideranças do Senado preveem que a CPI da Braskem só deve começar a funcionar de fato na Casa a partir de fevereiro de 2024, após o retorno dos trabalhos legislativos.
A comissão foi oficialmente criada em 25 de outubro, mas os partidos ainda não indicaram seus membros. Até agora só o MDB, legenda do requerente da CPI, Renan Calheiros, indicou.
O motivo para a inércia, explicam senadores ouvidos pela coluna, seria a proximidade com o início do recesso parlamentar, previsto para começar oficialmente no dia 22 de dezembro.
Para iniciar os trabalhos da CPI, os líderes do Senado precisam indicar os membros da comissão. Depois, uma sessão será chamada para a escolha do presidente e do relator da comissão.
Falta interesse dos senadores
Além disso, senadores admitem haver uma “falta de interesse” no Senado em debater a responsabilidade da Braskem no iminente colapso de uma mina de sal-gema da petroquímica em Maceió.
O argumento de parte dos senadores é o de que o tema está muito concretado em Alagoas, o que não despertaria o senso de prioridade em parlamentares de outros estados.
Líderes partidários do Senado lembram que, até o início do recesso de fim de ano, a Casa terá de votar alguns projetos de lei que demandarão mais atenção dos senadores.
Dentre eles, estão o projeto que regula as apostas esportivas, uma das prioridades do governo Lula para melhorar a arrecadação, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), primeiro passo para aprovação do Orçamento de 2024.