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Sem Filipe Martins, fala ideológica na ONU foi sugerida por Eduardo Bolsonaro

Filho 03 do presidente atuou para evitar tom moderado sugerido pelo Itamaraty e garantir que o pai fizesse aceno à ala ideológica

atualizado

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André Borges/Esp. Metrópoles
Conselho de ética Eduardo Bolsonaro
1 de 1 Conselho de ética Eduardo Bolsonaro - Foto: André Borges/Esp. Metrópoles

Com a exclusão do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, o olavista Filipe Martins, coube ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) atuar para garantir que o presidente Jair Bolsonaro faria acenos à base ideológica no discurso na 76ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (21/9).

Segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, o chanceler Carlos França entregou ao chefe uma proposta de discurso com tom predominantemente moderado. Essa versão também teria contado com a colaboração do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, almirante Flávio Rocha.

A minuta, porém, foi alterada pelo próprio presidente, com sugestões de Eduardo, integrante da ala ideológica e único filho que acompanhou Bolsonaro na viagem. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também teve influência no texto final lido pelo presidente.

Conforme apurou a coluna, teria partido de Eduardo a sugestão para incluir no discurso a menção de que o Brasil estava “à beira do socialismo” antes de Bolsonaro assumir o governo, bem como o trecho em que o presidente menciona a família tradicional como fundamento da civilização e defende a “liberdade de culto e expressão”.

Também teria partido do filho 03 a sugestão de anunciar a posição do governo brasileiro contrária ao passaporte da vacinação e de exaltar às manifestações bolsonaristas de 7 de Setembro. Alguns pontos, porém, teriam sido incluídos pelo próprio presidente, como a defesa do tratamento precoce.

Olavista excluído

Único olavista remanescente no Planalto, Martins não só foi excluído da viagem a Nova York como não participou da elaboração do discurso do chefe, funções inerentes ao cargo de assessor para Assuntos Internacionais, segundo o decreto presidencial de 2020 que regulamenta as atribuições da assessoria especial do mandatário da República.

Como a coluna noticiou em 9 de setembro, o olavista tem sido cada vez mais excluído da agenda internacional de Bolsonaro. Ele teria sido “deslocado” para atividades de natureza política, como o apoio na estratégia de defesa do governo na CPI da Covid-19 no Senado. A comissão, porém, deve encerrar os trabalhos em outubro.

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