Sem BB, Lula dará cargo a Kátia Abreu por meio de outro banco público
Sem conseguir nomeá-la para o Banco do Brasil, presidente Lula dará um cargo a ex-senadora Kátia Abreu por meio de outro banco público
atualizado
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Após desistir de nomear Kátia Abreu para uma vice-presidência do Banco do Brasil, o presidente Lula decidiu contemplar a ex-senadora com um cargo por meio de outro banco público federal.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve indicar Kátia como conselheira da JBS, na vaga que o banco tem direito como acionista da empresa.
Procurada, a assessoria de imprensa do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, limitou-se a informar à coluna que o banco de fomento “está aguardando as indicações do governo”.
Banco do Brasil
Inicialmente, a promessa de Lula era nomear Kátia para a vice-presidência de Agronegócio do Banco do Brasil, área à qual a ex-senadora é ligada – ela foi ministra da Agricultura do governo Dilma.
O Palácio do Planalto, no entanto, desistiu da indicação após avaliar que ela estava impedida pela Lei das Estatais, mesmo após decisão liminar do STF derrubar a quarentena para políticos assumirem cargos em estatais.
A liminar foi dada pelo então ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou da Corte em abril, mas ainda não foi julgada pelos demais ministros no plenário do Supremo.
Impedimento
Segundo a Lei das Estatais, dirigentes de partido político ou de campanha eleitoral têm de cumprir 36 meses de quarentena antes de assumir um cargo em empresas públicas ou de capital misto.
No caso da ex-senadora, o entendimento foi de que a liminar de Lewandowski não liberou pessoas que tenham parentes de até terceiro grau em cargos executivos ou de direção de partido político.
Katia é mãe do senador Irajá Abreu, atual presidente estadual do PSD em Tocantins. Procurada pela coluna, a ex-senadora não retornou as ligações.