Secretário de Tarcísio procura Moraes para falar sobre mensagens
Secretário do governo Tarcísio conversou com Alexandre de Moraes sobre mensagens que apontam uso extraoficial do STF pelo ministro
atualizado
Compartilhar notícia
Secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas em São Paulo, Guilherme Derrite conversou com o ministro do STF Alexandre de Moraes nos últimos dias.
Derrite procurou o magistrado para falar sobre as mensagens divulgadas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo que apontam o uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Moraes.
As mensagens mostram que o ministro encomendava a técnicos da Corte Eleitoral, fora do rito oficial, relatórios sobre bolsonaristas investigados por ele em outro tribunal: no Supremo.
As ordens eram passadas por WhatsApp pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes no STF, ao perito Eduardo Tagliaferro, então chefe do setor de combate à desinformação do TSE.
O jornal Folha de S. Paulo diz que obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, e não por interceptação ilegal ou acesso hacker.
A principal suspeita dos aliados de Moraes é de que as mensagens vazaram por meio do celular de Tagliaferro. A dúvida é se o próprio teria vazado por conta própria ou se o conteúdo foi extraído sem autorização dele.
Tagliaferro foi preso no dia 8 de maio de 2023 sob a suspeita de agressão a sua esposa. No dia seguinte, o perito entregou seu celular à polícia civil, que só devolveu seis dias depois.
O que o secretário de Tarcísio disse a Moraes
A Moraes, segundo apurou a coluna, Derrite afirmou que a polícia civil não extraiu dados do celular de Tagliaferro. O secretário ressaltou que o aparelho foi lacrado e que a senha não teria sido fornecida.
A informação consta, inclusive, nos registros da Polícia Civil de entrega e devolução do celular, embora algumas polícias tenham softwares que permitam acessar aparelhos mesmo sem a senha.