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RS: Pimenta fixa prazo de 6 meses para concluir trabalho de ministério

Novo ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta fixou prazo máximo de 6 meses para concluir trabalho da pasta

atualizado

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Ministro Paulo Pimenta
1 de 1 Ministro Paulo Pimenta - Foto: Divulgação

Nomeado na quarta-feira (15/5) ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta fixou um prazo de até seis meses para concluir os trabalhos da pasta e voltar para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

À coluna, Pimenta explicou que, até lá, quer que todos os projetos articulados pelo novo ministério estejam apresentados e contratados, ficando a cargo dos demais ministérios tocarem a execução das obras de reconstrução no estado.

“Não é ministério executor, é um ministério de formulação, coordenação e articulação das ações do governo. Eu quero um prazo de quatro a seis meses para que todos os projetos estejam aprovados em todas as áreas. E, com isso, eu poder voltar para assumir definitivamente a Secom. E aí cada ministério acompanha a parte de execução”, explicou o ministro.

Pimenta também já definiu como será a estrutura do ministério. De acordo com o ministro, a ideia é montar uma equipe “técnica”, menos política, para conseguir atingir o prazo de seis meses estipulado por ele próprio para encerrar a missão dada a ele pelo presidente Lula.

“O ministério vai ter uma estrutura, mas basicamente vai ser formado por uma área mais técnica, porque quero ter um time de mais de acompanhamento de projetos, para acompanhar os projetos dos ministérios, orientar as prefeituras, o governo estadual, os setores da sociedade para acessar as politicas publicas”, afirmou.

Agendas no Rio Grande

Pimenta já está no Rio Grande do Sul com agendas relacionadas a sua nova pasta. O primeiro compromisso após ser nomeado foi uma visita ao porta-aviões “Atlântico”, o maior da Marinha brasileira e que está no estado ajudando nos resgates, na noite de quarta.

Na embarcação, Pimenta teve uma reunião de trabalho com o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante da Marinha. O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e outros militares da Marinha também participaram do encontro.

Na manhã desta quinta-feira (16/5), Pimenta se reúne com prefeitos de cidades da região metropolitana de Porto Alegre, incluindo o prefeito da capital, Sebastião Mello (MDB). A previsão é de que o ministro volte a Brasília no fim de semana e que despache da capital federal na segunda-feira (20/5).

“Agora pela manhã, minha primeira reunião será com os prefeitos das cidades metropolitanas, como o prefeito Mello de Porto Alegre, os prefeitos de Canoas, Guíba, Dourado, São Leopoldo. Todos os prefeitos das cidades mais atingidas, que têm o maior número de pessoas abrigadas, para discutir um plano emergencial”, disse.

Apesar do foco no Rio Grande do Sul, Pimenta também manterá seu gabinete no Palácio do Planalto. A ideia é revezar os despachos entre Brasília e Porto Alegre, onde o novo ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul também terá um gabinete, provavelmente em um prédio da Caixa Econômica Federal.

“Não sou inimigo de Leite”

Como mostrou a coluna, Pimenta ainda rebateu críticas por sua nomeação para cuidar da situação no Rio Grande do Sul. A indicação de seu nome por Lula foi criticada, especialmente por aliados do governador Eduardo Leite.

O motivo seria a intenção de Pimenta em concorrer ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. Assim, sua nomeação serviria como palanque antecipado para o pleito estadual.

“Não sou inimigo do Leite. Nossa relação é ótima, de respeito e parceria institucional. Claro que temos diferenças, mas nada que impeça um ótimo trabalho conjunto. Eu votei pra governador e para presidente nos mesmos candidatos que ele e imagino que ele também votou nos mesmos que eu”, afirmou Pimenta à coluna.

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