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Renan deve propor indiciamento de Bolsonaro, filhos do presidente e mais 37 pessoas

Entre os outros possíveis indiciados, estão três filhos do presidente, três ministros do governo e o líder do governo na Câmara

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
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1 de 1 renan-calheiros - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Relator da CPI da Covid-19 no Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deverá propor o indiciamento de Jair Bolsonaro, de três filhos do presidente e de mais de 30 pessoas, por ao menos 16 crimes cometidos durante a pandemia. Os nomes foram apurados pelo Metrópoles com fontes próximas ao relator.

Além de Bolsonaro, devem ser indicados os filhos do presidente Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro; ao menos três atuais ministros do governo: Marcelo Queiroga (Saúde), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência); e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Também estão na lista nomes como os ex-ministros Eduardo Pazuello, Osmar Terra e Ernesto Araújo; as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF); a médica Nise Yamaguchi; e os empresários Luciano Hang, Carlos Wizard, Otávio Fakhoury e Francisco Maximiano, este último dono da empresa Precisa Medicamentos.

Esses nomes, no entanto, poderão mudar até 19 de outubro, data em que o relator prometeu tornar público o relatório final. Renan vai apresentar, provavelmente na próxima sexta-feira (15/10), uma versão preliminar do documento aos senadores do grupo majoritário da comissão, o chamado G7.

Crimes de Bolsonaro

O relator da CPI deverá sugerir o indiciamento de Bolsonaro por mais de 10 crimes. São eles:

Do Código Penal:

  • Epidemia com resultado de morte;
  • Infração de medida sanitária preventiva;
  • Charlatanismo;
  • Incitação ao crime;
  • Falsificação de documento particular;
  • Emprego irregular de verbas públicas;
  • Prevaricação.

Crimes de responsabilidade

  • Violação de direito social;
  • Incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.

Outros

  • Genocídio de indígenas (Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956);
  • Crime contra a humanidade (do Tratado de Roma, Decreto nº4.388, de 2002).
Queiroga e filhos

Até agora, Renan pretende pedir o indiciamento de Queiroga por apenas um crime: epidemia culposa com resultado de morte.

Carlos e Eduardo Bolsonaro, por sua vez, devem ser acusados por incitação ao crime, enquanto Flávio deve ser indiciado por três crimes: advocacia administrativa, incitação ao crime e improbidade administrativa.

Veja a lista dos possíveis indiciados:

  • Jair Bolsonaro, presidente da República
  • Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde
  • Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde
  • Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência
  • Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores
  • Osmar Terra, deputado federal e ex-ministro da Cidadania
  • Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência
  • Wagner Rosário, ministro-chefe da CGU
  • Flávio Bolsonaro, senador e filho do presidente
  • Carlos Bolsonaro, vereador do Rio e filho do presidente
  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente
  • Bia Kicis, deputada federal
  • Carla Zambelli, deputada federal
  • Robson Santos da Silva, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde
  • Marcelo Augusto Xavier da Silva, delegado federal e presidente da Funai
  • Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
  • Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde
  • Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde
  • Cristiano Carvalho, representante da empresa Davatti Medical Supply no Brasil
  • Luiz Paulo Dominguetti Pereira, cabo da Polícia Militar
  • Rafael Francisco Carmo Alves, vendedor autônomo ligado à Davati Medical Supply
  • José Odilon Torres da Silveira Júnior, coronel
  • Marcelo Blanco, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde
  • Emanuela Medrades, funcionária da Precisa Medicamentos
  • Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos
  • Airton Soligo, ex-assessor especial de Eduardo Pazuello
  • Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos
  • Danilo Trento, empresário
  • Marcos Tolentino da Silva, empresário e suposto sócio oculto do Fib Bank
  • Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
  • Nise Yamaguchi, médica
  • Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência
  • Carlos Wizard, empresário
  • Paolo Zanotto, virologista
  • Luciano Dias,  tenente-médico da Marinha
  • Allan dos Santos, blogueiro e dono do site Terça Livre
  • Paulo Oliveira, do site Crítica Nacional
  • Carlos Adriano Ferraz, professor
  • Roberto Goidanich, ex-presidente da Fundação Alexandre Gusmão
  • Luciano Hang, empresário
  • Otávio Fakhoury, empresário
  • Empresa Precisa Medicamentos

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