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Relator no Conselho de Ética já tentou salvar Mamãe Falei antes

Relator do pedido de cassação de Arthur do Val por áudios sexistas, Delegado Olim já relatou outros casos contra colega no Conselho de Ética

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O deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei. Ele tem cabelos pretos, barba e usa roupa escura- Metrópoles
1 de 1 O deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei. Ele tem cabelos pretos, barba e usa roupa escura- Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

O deputado estadual Delegado Olim (PP) foi o escolhido para relatar os pedidos de cassação do colega Arthur do Val (sem partido), o Mamãe Falei, no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Essa, porém, não será a primeira vez que Olim relata um processo envolvendo o colega.

Em outubro de 2019, Olim foi relator de uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Do Val. O pedido foi feito pelo então líder do PT na Alesp, deputado Teonílio Barba. Na época, o petista acusou  “Mamãe Falei” ter se referido a colegas parlamentares da assembleia como vagabundos no plenário da Casa.

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil
Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL
Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla
Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos
No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu
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Arthur Moledo do Val, nascido em 1986, é um deputado, empresário e youtuber brasileiro. Natural de São Paulo, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL) e já foi filiado ao Democratas (DEM), Patriota e ao Podemos (PODE). Atualmente está filiado ao União Brasil

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil

Arquivo pessoal
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Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos

Fábio Vieira/Metrópoles
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No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu

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Segundo eles, o objetivo do grupo na Ucrânia era conversar com pessoas que estão enfrentando a guerra. Renan afirmou que o convite foi feito a eles por ativistas que participaram dos protestos ucranianos de 2014, batizados de Euromaidan

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Contudo, dias após chegarem ao país europeu, Arthur do Val teve áudios vazados com comentários machistas e sexistas contra policiais e refugiadas ucranianas. Em um deles, o deputado utiliza termos escatológicos, afirmando que as mulheres são “fáceis, porque são pobres” e que “eram minas que se ela cagar você limpa o cu delas com a língua”

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A repercussão negativa dos comentários de Arthur fez com que ele declinasse da disputa pelo estado de São Paulo e se desligasse do Podemos. Além disso, a ação do deputado ainda lhe rendeu uma série de comentários negativos no Brasil e no Mundo. Apesar disso, logo após as falas sexistas, Arthur do Val se filiou ao União Brasil

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No entanto, essa não é a primeira vez que o político se envolveu em polêmicas. Em 2016, Arthur foi acusado de assediar uma jovem de 17 anos. Em 2018, causou repulsa ao falar que não era a Patrícia Pillar, após Ciro Gomes bater na cabeça dele. Em 2020, foi condenado pela Justiça por ataques ao Padre Júlio Lancelloti, entre outras

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Como relator daquele processo, Olim votou pelo arquivamento da denúncia contra Arthur do Val. Em seu relatório, o deputado do PP considerou que não houve quebra de decoro parlamentar. Especialmente pela “quase imediata retratação” de Mamãe Falei.

“No caso vertente, apesar de sequer ter sido judicializada a questão, houve cabal e quase imediata retratação no próprio discurso do Denunciado, o que em tese, já seria suficiente para afastar eventual cometimento de ilícito contra a honra que poderia remotamente configurar o núcleo de uma acusação mais robusta no que tange a falta de decoro do denunciado”, escreveu Olim.

Na ocasião, o maior alvo dos insultos foi o deputado Campos Machado (Avante), que agora encampa a pressão para que Do Val renuncie ao mandato de deputado estadual. Em 2019, no Conselho de Ética, Machado votou em separado por uma advertência para Mamãe Falei, o que acabou aprovado.

Agora, Olim será o responsável por julgar se Mamãe Falei merece ter seu mandato cassado pelos áudios enviados pelo parlamentar paulista a colegas, no qual faz menções sexistas sobre refugiadas ucranianas. O caso foi revelado em primeira mão pela coluna na última sexta-feira (4/3).

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