Reeleição de Pacheco diminui poder de barganha de Lira junto a Lula
Com reeleição de Rodrigo Pacheco, poder de barganha de Lira junto a Lula será menor do que se Rogério Marinho tivesse vencido no Senado
atualizado
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A reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao comando do Senado com o apoio do Palácio do Planalto diminui o poder de barganha do presidente reeleito da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), junto a Lula.
Lira foi reeleito para a presidência da Casa na quarta-feira (1º/2) com o apoio de 464 dos 513 deputados federais. O placar foi inédito na história das eleições para a mesa diretora da Câmara.
O resultado dá a Lira o poder de reivindicar espaços no novo governo, em troca de ajudar Lula a aprovar as pautas de interesse do Planalto numa Casa que ficou mais conservadora após as eleições de 2022.
Aliados de Lira admitem, no entanto, que esse poder seria ainda maior se o senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) tivesse sido eleito presidente do Senado, em vez de Pacheco.
A avaliação de deputados próximos a Lira é de que, com um bolsonarista no comando do Senado, o presidente da Câmara poderia cobrar uma fatura mais alta para ajudar Lula.