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Queiroga indica sanitarista ligado ao PT para o comando da Opas

Indicado pelo atual ministro da Saúde como candidato do Brasil na eleição da OPAS, o profissional foi um dos idealizadores do “Mais Médicos”

atualizado

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Gustavo Moreno/Metrópoles
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao Metrópoles - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicou o médico sanitarista Jarbas Barbosa como o candidato oficial do Brasil na eleição para o comando da Organização Pan-Americana de Saúde, a Opas.

A indicação de Barbosa tem causado estranheza entre outros integrantes do governo Jair Bolsonaro, por conta da relação do médico com integrantes do PT, partido ao qual o médico já foi filiado no passado.

Pernambucano, Barbosa é amigo do senador e ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE) e ocupou cargos importantes na pasta nos governos petistas. Ele também presidiu a Anvisa entre 2015 e 2018.

O sanitarista é considerado um dos idealizadores do “Mais Médicos”, programa criado no fim do primeiro governo Dilma Rousseff e que trouxe médicos cubanos para trabalhar no Brasil.

Atualmente, Jarbas Barbosa é diretor-assistente da Opas. A indicação dele para a disputa pela direção-geral da entidade foi feita por Queiroga no fim de abril. A eleição só acontecerá em setembro.

O que diz Queiroga

Interlocutores de Queiroga minimizaram à coluna a relação de Barbosa com o PT. Disseram que o sanitarista tem “feito um bom trabalho” e defendido as pautas do governo Bolsonaro.

Em entrevistas recentes como diretor-assistente da Opas, o médico tem evitado fazer críticas ao governo Bolsonaro, mas prega em defesa das vacinas e outras medidas para combater a pandemia da Covid-19.

A Opas e o Mais Médicos

Braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Opas foi usada pelo Brasil para contratar os médicos cubanos. O governo brasileiro repassava o dinheiro à entidade, que destinava apenas uma parte aos profissionais.

Pelas regras da época, o Ministério da Saúde transferia à Opas o valor de R$ 11,5 mil por profissional. A organização repassava aos contratados cubanos cerca de R$ 3.000. A diferença fica com o governo ditatorial de Cuba.

Na gestão Bolsonaro, o Mais Médicos passou a se chamar “Médicos pelo Brasil“. Em 18 de abril, o governo anunciou o envio de 529 médicos e tutores do programa às regiões selecionadas.

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