PT vê PEC da jornada 6×1 como “presente” e quer surfar no tema
Lideranças do PT de Lula avaliam que a PEC que quer acabar com a jornada 6×1 caiu como “um presente” no colo do partido
atualizado
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Lideranças do PT avaliam que a PEC que acaba com a jornada de trabalho 6×1 caiu como “um presente” no colo do partido, que tenta atrair de volta parte do eleitorado celetista e empreendedor.
Nos bastidores, petistas lembram que os direitos trabalhistas sempre foram uma pauta da sigla. Nesse cenário, a PEC seria a chance de o PT conseguir mostrar que o governo Lula tem propostas para essa fatia do eleitorado.
A ideia da legenda é buscar protagonismo com o tema. Para isso, como noticiou a coluna, o PT quer que o tema seja votado por meio de uma PEC do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), e não da PEC de Erika Hilton (PSol-SP).
A proposta apresentada pelo parlamentar petista foi apresentada em 2019 e, desde então, está parada na Comunicação de Constituição Justiça (CCJ), primeira etapa de uma PEC na Câmara.
Nesse momento, os líderes do governo pressionam para que a presidente da CCJ, a bolsonarista Carol de Toni (PL-SC), designe um relator para a PEC de Reginaldo e apense a de Erika Hilton.
Em outra frente, os petistas querem polarizar o tema como os aliados de Jair Bolsonaro (PL). O discurso será o de que os bolsonaristas preferem beneficiar empresários aos trabalhadores.
Planalto em ação
O Palácio do Planalto tem conversado com os autores de PECs. Na quarta-feira (13/11), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniu com Erika Hilton. Reginaldo também deve se encontrar com Padilha.
Posicionamentos públicos
Como parte da estratégia para surfar no tema, parlamentares e até ministros filiados ao PT devem intensificar, nos próximos dias, declarações em defesa do fim da jornada 6×1.
Na quarta-feira (12), os ministros Paulo Pimenta (Secretária de Comunicação Social) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), puxaram a fila e declararam apoio à PEC.
Em uma publicação no X, Paulo Pimenta, que é deputado federal licenciado, afirmou que, se estivesse ativo em seu mandato na Câmara, assinaria a PEC.
Já Paulo Teixeira disse que os deputados devem aprovar a proposta e que “não tem sentido, depois de aprovada a Constituição Federal, uma semana de trabalho de 6×1”.