PT quer Câmara acompanhando investigações sobre assassinato de Moïse
Líder do PT na Câmara protocolou requerimento para criar comissão externa com objetivo de acompanhar investigações do assassinato de Moïse
atualizado
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O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), quer que a Casa acompanhe in loco as investigações sobre o assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabamgabe. Na noite dessa quinta-feira (3/2), o parlamentar protocolou um requerimento para a criação de uma comissão externa temporária, com objetivo de colaborar com a análise do caso.
A morte de Moïse aconteceu no último dia 24 de janeiro. De forma brutal, o imigrante do Congo foi espancado até a morte no Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Ele levou ao menos 30 golpes, entre pauladas e bastões.
“Muito embora as autoridades do Estado já estejam em ponto avançado da investigação, inclusive com prisões já efetuadas, não se pode desconsiderar que se trata de um crime de grande repercussão interna e internacional, o que justifica um acompanhamento mais amiúde da Câmara dos Deputados, até o completo esclarecimento dos fatos e encaminhamento das responsabilidades devidas”, diz o deputado no requerimento.
Para acompanhar as investigações, Lopes indica oito deputados: Benedita da Silva (PT-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Carlos Veras (PT-PE), Paulão (PT-AL), Valmir Assunção (PT-BA), Vicentinho (PT-SP), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Marcelo Freixo (PSB-RJ).
Até o momento, as investigações sobre a morte do imigrante já levaram à prisão de três pessoas: Fábio Pirineus da Silva, o Belo, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota. Eles são suspeitos de terem espancado o congolês.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Carlos Veras (PT-PE), está estudando também requisitar uma diligência do colegiado na capital fluminense para acompanhar as investigações.
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos, estou adotando medidas para cobrar resposta célere ao assassinato do congolês Moïse Kabamgabe. Esse crime bárbaro não ficará impune. Exigimos justiça! Meus profundos sentimentos à família!
— Carlos Veras (@carlosveraspt) February 1, 2022