PT aposta que eleição suplementar para vaga de Moro fica para 2025
Lideranças do PT avaliam que julgamento da cassação de Sergio Moro deve demorar mais com a ministra Cármen Lúcia como presidente do TSE
atualizado
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Embora dê como certo que Sergio Moro (União-PR) será cassado pela Justiça Eleitoral, o PT aposta que a eleição suplementar para a vaga do senador no Paraná será realizada apenas em 2025.
Na avaliação de petistas, uma série de fatores fará com que o processo de cassação do mandato de Moro só seja concluído após as eleições municipais deste ano, marcadas para outubro.
Nesse cenário, a previsão de lideranças do PT é de que a Justiça Eleitoral precisará de mais tempo para organizar a eleição suplementar no Paraná, jogando o pleito para 2025.
Para petistas, o principal motivo para a demora na conclusão do julgamento de Moro pode ser a presidência da ministra Cármen Lúcia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que começa em junho.
A avaliação no PT é de que, como presidente da Corte Eleitoral, Cármen Lúcia tende a alongar mais o julgamento de Moro, diferemente do que ocorreria com o atual presidente, Alexandre de Moraes.
Julgamento de Moro no TRE
O julgamento do ex-juiz no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) começará em 1º de abril. De lá, o caso deve parar no TSE, onde caberão recursos das partes envolvidas.
Moro será julgado no TRE-PR em ações protocoladas por PT e PL. As siglas pedem a cassação do mandato dele no Senado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
A alegação é a de que o ex-juiz teria cometido o abuso por ter usado recursos do Podemos quando era pré-candidato à Presidência da República, para alavancar sua candidatura ao Senado.