PT desiste de CPI em São Paulo que poderia incomodar Alckmin
Deputados do PT na Alesp desistiram de uma CPI para investigar denúncias contra a extinta Dersa, o que poderia incomodar Geraldo Alckmin
atualizado
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Deputados do PT desistiram de instalar uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para investigar denúncias contra a extinta estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A).
A investigação, se aberta pelos parlamentares, poderia incomodar o atual vice-presidente da República Geraldo Alckmin, que era governador de São Paulo na época das denúncias.
Petistas vinham tentando instalar uma CPI para investigar os contratos da estatal desde 2019. Em 2022, a CPI chegou a ser criada, mas não obteve quórum suficiente para iniciar as discussões e acabou em pizza.
Com Alckmin de vice e ministro de Lula, deputados estaduais do PT dizem não ter mais interesse em tentar reativar a comissão no novo ano legislativo que começará em 15 de março, na Alesp.
As denúncias
O atual vice-presidente da República era governador de São Paulo quando parte das denúncias de desvios de dinheiro público da Dersa vieram à tona.
Ex-diretor da estatal acusado nos processos, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, era apontado como suposto operador de propinas do PSDB, partido ao qual Alckmin era filiado à época.
As irregularidades teriam acontecido em obras do Rodoanel tocadas pelo governo paulista. Em entrevistas, Alckmin já declarou não conhecer Paulo Preto e negou qualquer irregularidade.
A Dersa foi extinta em 2019, depois de um pacote de extinções de estatais paulistas apresentado pelo ex-governador de São Paulo João Doria e aprovado pela Assembleia Legislativa paulista.