O PT quer usar a defesa que a bancada bolsonarista da Câmara fez pela liberdade de Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco, contra o próprio partido de Jair Bolsonaro nas eleições deste ano.

O PL, atual sigla de Bolsonaro, foi o único partido da Casa a orientar voto contra a prisão. As outras legendas da Câmara ou liberaram suas bancadas, ou recomendaram o voto pela manutenção da decisão do STF.

Logo após a votação, lideranças petistas comemoraram o resultado e afirmaram à coluna que a ideia é mostrar aos eleitores que a bancada bolsonarista defendeu a liberdade de um acusado de homicídio.

Estratégia em curso

A estratégia, inclusive, já foi colocada em prática logo após a vitória no plenário da Câmara. O ex-deputado Marcelo Ramos, por exemplo, que deve concorrer a prefeitura de Manaus pelo PT, usou o placar contra seus adversários.

Logo que acabou a votação, Ramos postou um vídeo mostrando que o deputado Alberto Neto (PL-AM), também pré-candidato em Manaus, votou pela liberdade de Brazão.

“Cai a máscara bolsonarista. Deputados bolsonaristas votam para soltar o deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de obstruir as investigações”, disse em seu Instagram.