PSol quer convocar chanceler para explicar ataque de Bolsonaro a Boric
No debate da Band, Jair Bolsonaro acusou presidente chileno de “tacar fogo” em metrô; fala gerou incidente diplomático entre os dois países
atualizado
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Mesmo com o Câmara dos Deputados em ritmo lento por causa da campanha eleitoral, o PSol quer uma sessão com um ministro de Jair Bolsonaro no plenário da Casa para explicar uma fala do presidente.
Na terça-feira (30/8), oito parlamentares da sigla protocolaram um requerimento, assinado pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), pedindo a convocação do chanceler Carlos França.
A justificativa é a necessidade de o ministro uma explicar a fala de Bolsonaro sobre o presidente do Chile, Gabriel Boric, no encerramento do debate promovido pela Band no domingo (28/8).
Em suas considerações finais durante o primeiro confronto entre os presidenciáveis, o atual chefe do Palácio do Planalto disse que Boric “tacou fogo” no metrô chileno.
“O fato é totalmente inaceitável e não possui precedente na história da República. Além de envergonhar a tradição diplomática brasileira e apequenar a política externa de nosso país, os ataques de Bolsonaro a um presidente democraticamente eleito viola os princípios da autodeterminação dos povos, da não-intervenção e da igualdade entre os Estados, os quais devem reger nossas relações internacionais conforme disposto nos incisos do Art. 4º de nossa Constituição Federal”, diz o PSol no requerimento.
A fala de Bolsonaro gerou um incidente diplomático entre os dois países. O Chile convocou o embaixador brasileiro em Santiago, Paulo Roberto Pacheco, para dar explicações sobre a acusação.
A chanceler chilena, Antonia Urrejola, afirmou que as acusações são “falsas” e “gravíssimas”.