Promulgação da tributária tem tapa, bronca de Lira e abraços de Lula
Sessão de promulgação da reforma tributária teve briga entre deputados, bronca de Arthur Lira na oposição e abraços de Lula no Centrão
atualizado
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A sessão de promulgação da PEC da reforma tributária, nesta quarta-feira (20/12), no Congresso Nacional, foi marcada por briga entre deputados, vaias e aplausos a Lula e abraços distribuídos pelo presidente da República.
Logo que chegou ao plenário da Câmara, Lula abraçou a deputada Daniela Carneiro (União-RJ), demitida pelo petista do Ministério do Turismo em julho de 2023 após pressão do União Brasil.
O abraço ocorreu cinco dias após a ex-ministra provocar integrantes do governo e de seu partido nas redes sociais, após o Congresso derrubar uma série de vetos do presidente da República.
Outro que recebeu um abraço de Lula foi o presidente nacional do Republicanos e 1º vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira, que subiu até a Mesa Diretora para cumprimentar o petista.
Pereira, que apoiou o governo Bolsonaro, tem ensaiado uma aproximação pessoal com Lula, de olho em uma candidatura à presidência da Câmara, em fevereiro de 2025.
Tapa, vaias e bronca de Lira
O clima para Lula, no entanto, não foi ameno perante a oposição. Parlamentares bolsonaristas hostilizaram o petista durante praticamente toda a sessão, com vaias e xingamentos”.
Deputados que apoiam Lula revidaram com gritos em defesa do presidente da República e até com agressão a parlamentares bolsonaristas que xingaram o presidente de “ladrão”.
Vice-presidente nacional do PT, o deputado Washington Quaquá (RJ) chegou a desferir um tapa no colega Messias Donato (Republicanos-ES), após o parlamentar capixaba xingar Lula.
Bolsonaristas não pouparam nem mesmo a execução do hino nacional, quando deputados como Nikolas Ferreira (PL-RJ), ficaram de costas para a Mesa Diretora do plenário, em sinal de protesto contra Lula.
Outro que tumultuou a sessão foi o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT). Antes do início da sessão, Brunini retirou as placas de “reservado” que o cerimonial havia colocado nas primeiras cadeiras do plenário.
O comportamento da oposição rendeu aos bolsonaristas uma bela bronca do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que reservou parte do seu discurso para cobrar respeito às autoridades presentes.