Problema em aplicativo traz suspeita irreversível para prévias do PSDB
Avaliação das campanhas de João Doria e de Eduardo Leite é que nenhum lado confiará mais no sistema, mesmo que problemas sejam solucionados
atualizado
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Os problemas com o aplicativo de votação remota nesse domingo (21/11), mesmo que solucionados nos próximos dias, lançaram uma suspeita sobre as prévias do PSDB ao Palácio do Planalto considerada irreversível pelas campanhas dos dois principais candidatos: João Doria e Eduardo Leite.
A avaliação de aliados dos governadores paulista e gaúcho ouvidos pela coluna é de que os dois grupos já não confiam mais no aplicativo e questionarão a lisura do processo, mesmo que a empresa responsável solucione os entraves tecnológicos que levaram à suspensão da votação.
Para os grupos de Doria e Leite, o ideal seria abandonar de vez o aplicativo. Como solução, auxiliares do governador paulista defendem ampliar o uso da urna eletrônica para as demais capitais e cidades com, no mínimo, 200 mil habitantes. Aliados de Leite, por sua vez, pregam usar cédulas de papel.
No domingo, apenas tucanos com mandatos eletivos (com exceção de vereados) e ex-presidentes da sigla puderam votar em urnas eletrônicas cedidas pela Justiça Eleitoral. Elas foram instaladas somente em Brasília — o PSDB reservou passagens para mais de 600 tucanos votarem na à capital federal.
Até a noite de domingo, a cúpula do PSDB mantinha a suspensão da votação do aplicativo até que a empresa responsável apresente um diagnóstico completo do problema e sugestão de solução. As campanhas de Doria e Leite divergem sobre quando retomar a votação.
O aplicativo foi desenvolvido pela FAUGRS (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e custou mais de R$ 2 milhões. A ideia de usar esse sistema de votação para maioria dos filiados foi do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que sai desgastado do processo.