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Prisão, carta de delator e 3ª via: os bastidores do jantar de Lula com o MDB

Ex-presidente disse que deve adotar o estilo “Lulinha paz e amor” em 2022 e previu que disputa deve ficar entre ele e Jair Bolsonaro

atualizado

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Lula e Eunício
1 de 1 Lula e Eunício - Foto: Reprodução/Instagram

O jantar do ex-presidente Lula (PT) com caciques do MDB nessa quarta-feira (6/10), em Brasília, foi marcado por conversas que foram desde o período em que o petista esteve preso em Curitiba até projeções para as eleições presidenciais de 2022.

Segundo apurou a coluna, Lula contou que, durante a prisão na capital paranaense, dizia a aliados que tinha dois caminhos: seguir o exemplo do ex-presidente Getúlio Vargas, que se matou, ou resistir e provar sua inocência, caminho que optou.

Lula também fez comentários sobre a carta escrita pelo empreiteiro Léo Pinheiro, por meio da qual o ex-dono da construtora OAS negou acusações que havia feito contra o ex-presidente no acordo de delação premiada firmado com a Lava-Jato de Curitiba.

Aos emedebistas o petista avaliou que a carta teria “reestabelecido verdades” e demonstrado a forma parcial com que, na avaliação do ex-presidente, o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol teriam conduzido as investigações da operação.

Eleições de 2022

Sobre o pleito de 2022, Lula disse que pretende adotar o estilo “Lulinha paz e amor” e que está aberto a conversar com todos os partidos. Também previu que uma terceira via só terá chance se Jair Bolsonaro desidratar, o que o petista considera difícil. Sem isso, afirmou que a eleição será entre ele e o atual presidente.

Lula também fez avaliações sobre o chamado “orçamento secreto”, por meio do qual o atual governo federal tem distribuído emendas a parlamentares sem transparência. Para o ex-presidente, a iniciativa teria deixado Bolsonaro ainda mais “refém” do Centrão.

Conversas individuais

O jantar ocorreu na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) no Lago Sul, área nobre da capital federal. No cardápio, carne de carneiro, camarões e lagosta do Ceará. Lula optou pelo carneiro, acompanhado de vinhos servidos pelo anfitrião.

No jantar, o petista teve conversas individuais com caciques do MDB. Entre eles, com o atual líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (MDB-AL); com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e com o deputado Walter Alves (MDB-RN), filho do ex-senador Garibaldi Alves.

Ausências

O encontro, porém, também foi marcado por ausências de alguns caciques emedebistas. O ex-presidente José Sarney não compareceu porque sua esposa está hospitalizada. Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, chegou a confirmar presença, mas acabou não indo.

Alguns aliados de Ibaneis no MDB dizem que o governador não teria comparecido em razão do fraco desempenho de Lula nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República no DF. O emebebista, como se sabe, tentará reeleição no pleito do próximo ano.

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