Presidente do PSDB avalia deixar coordenação da campanha de Doria
Bruno Araújo não esconde contrariedade com jogada do governador de sinalizar que desistiria de concorrer ao Planalto para pressionar partido
atualizado
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O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, não esconde, nos bastidores, sua irritação com a recente jogada do governador de São Paulo, João Doria, de sinalizar que desistiria da eleição ao Palácio do Planalto para pressionar a cúpula do partido a dar garantias de sua candidatura.
Em conversa com aliados nas últimas horas, Araújo não escondeu sua contrariedade e disse avaliar até mesmo abandonar a coordenação da campanha de Doria. Segundo pessoas próximas, o dirigente esperaria apenas a temperatura política baixar e arranjaria um pretexto para deixar o posto de coordenador.
Como noticiou a coluna, Doria avisou a aliados, na noite quarta-feira (30/3), que havia decidido não renunciar ao cargo de governador e desistir de concorrer à Presidência. O movimento ameaçava implodir o PSDB em São Paulo, com a migração de Rodrigo Garcia para disputar o governo do estado por outra sigla.
Desde o início, porém, as sinalizações de Doria foram vistas por tucanos como uma “jogada” política para pressionar a direção do PSDB. A aposta de caciques do partido parecia certa. Após Bruno Araújo divulgar uma carta reafirmando que Doria era o candidato do PSDB ao Planalto, o govenador recuou.
A decisão foi anunciada por Doria num evento no Palácio dos Bandeirantes na tarde dessa quinta. O presidente do PSDB estava no palco, ao lado do governador. Seu semblante, no entanto, não escondeu sua contrariedade com tudo que havia acontecido horas antes.
Procurado pela coluna, Bruno Araújo não respondeu. Após a publicação da matéria, o presidente do PSDB limitou-se a publicar no Twitter que a apuração era “errada”. A coluna mantém a informação de que o dirigente tucano disse a aliados cogitar deixar a coordenação da campanha.