metropoles.com

Por que Moraes virou o relator da investigação contra Gustavo Gayer

Desafeto de bolsonaristas, ministro Alexandre de Moraes virou o relator de mais uma investigação que atinge um aliado de Jair Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
Alexandre de Moraes é relator da ação contra Zambelli no STF
1 de 1 Alexandre de Moraes é relator da ação contra Zambelli no STF - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

Principal desafeto dos bolsonaristas no STF, o ministro Alexandre de Moraes se tornou o relator da investigação que apura o suposto desvio da cota parlamentar pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO)  por já comandar o inquérito do 8 de Janeiro.

Na decisão em que autorizou a operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra o parlamentar bolsonarista nesta sexta-feira (25/10), Moraes afirma que a investigação contra Gayer é um desdobramento do inquérito do 8 de Janeiro.

4 imagens
A operação contra Gustavo Gayer (PL-GO) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes
Gustavo Gayer e Jair Bolsonaro
Gustavo Gayer é deputado federal do PL de Goiás
1 de 4

Deputado bolsonarista Gustavo Gayer foi alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (25/10)

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
2 de 4

A operação contra Gustavo Gayer (PL-GO) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
3 de 4

Gustavo Gayer e Jair Bolsonaro

reprodução/instagram
4 de 4

Gustavo Gayer é deputado federal do PL de Goiás

Agência Câmara

Como noticiou a coluna, as investigações contra o deputado do PL tiveram origem no material que constava no celular do dono de um site de notícias de Goiás. Trata-se do empresário João Paulo de Souza Cavalcante, dono do portal “Goiás Online”.

O celular de João Paulo foi apreendido pela PF no âmbito do inquérito que investiga as invasões golpistas do 8 de Janeiro de 2023. O empresário é suspeito de ter financiado, incitado e participado das invasões às sedes dos Três Poderes.

Após ter acesso ao celular do empresário com base em outro inquérito, a Polícia Federal diz ter colhido elementos que levaram à investigação sobre desvios de recursos do gabinete de Gayer, o que gerou a operação desta sexta-feira (25/10).

PF lista condutas criminosas

Após analisar os dados do celular de João Paulo, a PF enviou uma representação sobre o caso ao STF. Nela, a Policia Federal narra a prática de quatro condutas criminosas praticadas por associação criminosa, cuja figura central seria Gustavo Gayer. São elas:

  • Peculato desvio, supostamente configurado na contratação do assessor João Paulo de Sousa Cavalcante, por intermédio da empresa “Goiás Online” (art. 312, caput, do Código Penal);
  • Peculato desvio, supostamente configurado através do uso de verba pública para remuneração de empresa particular (art. 312, caput, do Código Penal);
  • Falsificação de documento particular, supostamente configurado na aquisição de OSCIP mediante falsificação de documento particular (art. 298 do Código Penal); e
  • Associação criminosa (art. 288 do Código Penal).

Na representação, a PF menciona que Gayer tentou contratar João Paulo como seu assessor na Câmara, mas não conseguiu, porque ele tinha condenações na Justiça. O deputado, então, contratou João Paulo por meio da empresa Goiás Online.

A operação

A operação contra Gustavo Gayer e assessores de seu gabinete na Câmara foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira (25/10). Eles foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.

A investigação apura uma suposta associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos da cota parlamentar e falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

A operação da PF envolveu cerca de 60 policiais federais, que cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades diferentes: Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?