Por que Valdemar foi indiciado pela PF no inquérito do golpe
Relatório final da PF sobre o inquérito do golpe afirma que Valdemar Costa Neto atuou “de forma coordenada” para manter Bolsonaro no poder
atualizado
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O relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito do golpe diz que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi indiciado por atuar “de forma coordenada” para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Segundo o documento, cujo sigilo foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26/11), Valdemar praticou os crimes de associação criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A PF concluiu que o presidente nacional do PL tinha “ciência da falsidade das alegações de fraude eleitoral e, mesmo assim, as utilizou para tentar anular o resultado das eleições de 2022”.
Além disso, segundo a PF, a participação de Valdemar no esquema golpista se deu, entre outras ações, por meio da “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária” junto ao TSE questionando as urnas.
“Essa representação foi elaborada com a participação de diversos membros da organização criminosa, incluindo Carlos Rocha e Éder Balbino, com quem Valdemar mantinha contato direto”, diz um trecho do documento da Polícia Federal.
O contato de Valdemar com um juiz federal
A PF também aponta que Valdemar teve contato com o juiz federal Sandro Nunes Vieira, que atuou junto ao TSE, para discutir a possibilidade de irregularidades nas urnas eletrônicas.
“Em resumo, a PF concluiu que Valdemar Costa Neto teve um papel central na tentativa de golpe de Estado, atuando de forma coordenada com outros membros da organização criminosa para disseminar informações falsas, pressionar autoridades e criar um clima de instabilidade institucional”, diz a polícia em outro trecho do relatório.