Embora o senador Flávio Bolsonaro (RJ) já tenha se filiado ao Patriota, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu aguardar mais um pouco para decidir sobre sua filiação à legenda.

Aliados e advogados do presidente ouvidos pela coluna dizem que o mandatário só pretende tomar essa decisão após “ter garantias” de que conseguirá disputar a reeleição ao Planalto em 2022 pela sigla.

A filiação de Flávio gerou guerra interna no Patriota. O vice-presidente nacional do partido, Ovasco Resende, lidera uma ala contrária à filiação de Jair Bolsonaro à agremiação.

Resende, inclusive, entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando o que classifica como “manobras” do presidente do Patriota, Adilson Barroso, para viabilizar a filiação do clã Bolsonaro.

Adilson não abre mão

Embora seja o responsável por negociar a ida da família Bolsonaro ao Patriota, Barroso afirmou à coluna que não pretende abrir mão do comando da sigla para algum aliado do presidente da República.

“O presidente não vai pedir o partido. Tenho certeza de que ele confia na minha pessoa, pois nunca trabalhei em qualquer coisa que viesse a desabonar a confiança dele em mim”, disse o dirigente.

Em 2018, Bolsonaro exigiu o comando temporário do PSL para disputar a Presidência da República pelo partido. A legenda atendeu o pedido e cedeu o comando da sigla, retomando-o após a eleição.