Por Daniel Silveira, evangélicos e bolsonaristas pressionam Lira
Parlamentares aliados de Daniel Silveira querem que presidente da Câmara paute propostas para reverter decisões do STF contra o deputado
atualizado
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Deputados aliados de Daniel Silveira (União Brasil-RJ) combinaram de aumentar a pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O objetivo, dizem, é fazer Lira por em votação no plenário propostas para reverter as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar fluminense.
A articulação tem sido comandada por deputados bolsonaristas e lideranças evangélicas, que fizeram uma oração pelo colega parlamentar nesta quarta-feira (30/3). “Queremos votar a possível suspensão da ação penal e a revogação das (medidas) cautelares”, afirmou à coluna a deputada Carla Zambelli (PL-SO).
“Estamos conversando com vários deputados que antes votaram pela prisão e que agora estão mudando de voto. E esses deputados estão escrevendo para o Arthur Lira para falar que gostariam de votar de novo porque mudaram de opinião ou porque alguns, por exemplo, me disseram: até achava que o Daniel merecia uma prisão naquela época, mas já passou de todos os limites”, acrescentou Zambelli.
Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou à coluna que prepara, junto a sua equipe jurídica, um requerimento que visa sustar a ação penal que tramita no STF contra Silveira por ameaças a ministros da Corte.
Atualmente já há pelo menos dois pedidos protocolados na Câmara para que Casa suste a ação penal. Em julho de 2021, por exemplo, o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, também alvo do Supremo, entrou com um requerimento semelhante ao que planeja Sóstenes.
A ideia do presidente da frente evangélica é usar o novo requerimento para reforçar o pedido a Lira. Ele e outros deputados evangélicos também combinaram de fazer discursos na tribuna da Câmara pedindo que o presidente da Casa paute os requerimentos.
Em nota divulgada na manhã desta quarta, Lira afirmou que decisões judiciais devem ser cumpridas “assim como a inviolabilidade da Casa do Povo (Câmara) deve ser preservada” e defendeu que o plenário do STF analise “logo os pedidos” do deputado. A Corte marcou o julgamento da ação penal contra Silveira para 20 de abril.
O deputado voltou aos holofotes políticos nesta terça-feira (29/3), quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a instalação imediata de tornozeleira eletrônica no deputado. Silveira, contudo, disse em plenário que não aceitaria e passou a madrugada no gabinete na Câmara.