Plano para matar Lula envenenado reabre debate sobre morte de Bebianno
Investigação da PF sobre plano para matar Lula envenenado reacendeu, nos bastidores, discussão sobre morte do ex-ministro Gustavo Bebianno
atualizado
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A investigação da Polícia Federal apontando que militares bolsonaristas cogitaram matar o presidente Lula por envenenamento reacendeu, nos bastidores, a discussão sobre a morte do ex-ministro Gustavo Bebianno.
Bebianno morreu em março de 2020 aos 56 anos, após sofrer um infarto em seu sítio em Teresópolis (RJ). A morte surpreendeu amigos e parceiros políticos, em razão da boa saúde e da juventude do ex-ministro.
Lutador de jiu-jitsu desde jovem, Bebianno não bebia nem fumava. Antes de morrer, ele chegou a se filiar ao PSDB e planejava ser candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2020.
Nos bastidores, aliados de Bebianno e auxiliares de Lula passaram a levantar a hipótese de que a morte do ex-ministro pode ter sido “provocada” por supostos desafetos políticos dentro do próprio bolsonarismo.
Os aliados de Bebianno lembram que, à época de sua morte, o ex-ministro estava em atrito com o clã Bolsonaro. Ele afirmava que tinha um material guardado no exterior e dizia temer que Bolsonaro desse um golpe de Estado.
O suposto material, no entanto, nunca veio à tona. A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por sua vez, confirmou, ainda em 2020, que a causa da morte de Bebianno foi infarto.
Bebianno presidiu o extinto PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018. Após a posse, ele virou ministro da Secretaria-Geral da Presidência, mas acabou demitido por Bolsonaro dois meses após assumir o cargo.