Plano do PL pode ajudar Boulos a ter mais votos que Eduardo Bolsonaro
Estratégia do PL de lançar vários candidatos “puxadores de voto” deve provocar divisão do eleitorado bolsonarista em São Paulo
atualizado
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A estratégia do PL para as eleições deste ano em São Paulo tem potencial para atrapalhar os planos de Eduardo Bolsonaro de repetir o pódio de 2018, quando foi o deputado federal mais bem votado no estado.
Especialistas ouvidos pela coluna explicam que o plano do PL de lançar vários “puxadores de voto” para tentar eleger uma bancada robusta na Câmara provocará uma divisão do eleitorado bolsonarista em São Paulo.
Isso pode fazer o filho 03 do presidente da República “perder” votos para os próprios aliados bolsonaristas, diminuindo seu desempenho de 2018, quando foi eleito com 1,84 milhão de votos.
Entre esses aliados, estão nomes como a deputada Carla Zambelli (PL), o ex-secretário de Cultura Mario Frias, o ex-presidente da Fundação Palmares Sergio Camargo, o ex-ministro Ricardo Salles, e o advogado Frederick Wasseff.
Esse cenário no PL é favorável a adversários de Eduardo na esquerda. Entre eles, Guilherme Boulos (PSOL), que não esconde seu desejo de superar o filho do presidente em número de votos este ano em São Paulo.
Com o recall da disputa pela Prefeitura de São Paulo de 2020, o líder do MTST é tido como uma das poucas “estrelas” da esquerda nas eleições paulistas, o que indica que terá menos adversários internos para dividir votos.